Para entender, precisamos primeiro explicar o que é uma holding. Holding é uma empresa de investimentos – e o mais comum é que ela tenha participação em vários outros negócios.
A Itaúsa é a holding ligada ao Itaú, mas também tem ações da Alpargatas, da Dexco, CCR…
Há outras razões para esse tipo de empresa existir: veja o caso da Bradespar, criada pelos controladores do Bradesco exclusivamente para organizar o investimento deles na Vale após a privatização.
Já a Gerdau que conhecemos não tem uma holding, mas duas. A primeira é a Gerdau S/A, negociada na bolsa sob os tickers GGBR4 e GGBR3 e que tem sob o seu guarda-chuva as siderúrgicas da companhia.
Acima dela existe uma segunda holding, a Metalúrgica Gerdau (GOAU4 e GOAU3), que detém 33,5% do capital da primeira holding.
As duas empresas são comandadas pelos mesmos CEO, CFO e diretores – e têm um conselho de administração compartilhado. Na prática, elas são a mesma companhia.
Mas as despesas são "dobradas", o que é um dos motivos que levam a ações de holding serem negociadas com “desconto” em relação ao papel principal da companhia.
A Gerdau “pura” é um negócio com valor de mercado de R$ 41 bilhões e a ação GGBR4 tem peso de 1,408% no Ibovespa. Já a metalúrgica vale R$ 11,4 bilhões e responde por 0,38% do índice.
De qualquer maneira, acionistas de GGBR4 ou GOAU4 investem no mesmo negócio com o mesmo objetivo: levar um naco dos lucros da centenária siderúrgica brasileira, ou seja, dividendos.