O nome completo é Exchange Traded Fund, ou fundo negociado em bolsa. O esquema dele é ser “Maria vai com as outras”, mas no bom sentido. Não há um gestor para decidir onde investir o dinheiro dos cotistas, como em fundos tradicionais.
O que o fundo faz é escolher uma referência para copiar. Pode ser um índice de ações mais geral (como o Ibovespa, que acompanha a variação no preço das ações das maiores empresas da B3), um setor específico (empresas de tecnologia, de construção, de energia), títulos de renda fixa, de ouro, de criptomoeda, de maconha legalizada (sim, lá fora existe). Vale qualquer coisa, desde que haja alguma referência para seguir.
Quem investe nesses fundos aposta que é mais negócio acompanhar o desempenho geral do mercado financeiro, ou de um setor dele, do que pagar um gestor para tentar superá-lo.
Um ETF que copie o Ibovespa, por exemplo, vai ter o dinheiro distribuído por 82 ações de acordo com as proporções do índice: 13,1% de Vale, 6,12% de Itaú, 5,21% de Bradesco e assim por diante.
O BOVA11 é o maior dos cinco ETFs que copiam o Ibovespa. A diferença entre eles é a taxa cobrada e o volume de negócios. Já o maior ETF do país é o IVVB11 (que acompanha o S&P 500, o Ibovespa dos EUA) – um jeito fácil e seguro de investir lá fora sem enviar dinheiro para o exterior.
Os nomes em códigos não são um capricho. É que investir nesses fundos é como comprar uma ação, você digita essas quatro letras e o número (11 para ETFs) no home broker e compra cotas deles. É exatamente igual comprar ações.
Na B3, há 24 ETFs de renda variável e 7 de renda fixa. Existem ainda 39 ETFs negociados no exterior, mas que estão disponíveis na B3 por meio de BDRs (os recibos de ações).