Em 1944, o presidente Roosevelt já sabia que vencer a 2ª Guerra era questão de tempo. Então, reuniu 730 representantes de 44 nações aliadas em um hotel isolado em Bretton Woods, New Hampshire, para pôr ordem na economia mundial.
Ao longo de três semanas de reuniões, as delegações concordaram com uma nova organização monetária, na qual o dólar passava a ser a única moeda do mundo com lastro em ouro – os EUA eram donos de dois terços do metal precioso na época. As demais moedas do Ocidente, por sua vez, ficavam atreladas ao dólar. A ideia ali era manter a estabilidade do comércio internacional, de modo que ele não fosse perturbado por variações não realistas de câmbio (como acontece nos momentos em que fica mais barato comprar enxoval em Miami do que aqui). Era o chamado sistema de Bretton Woods.
Com uma ajudinha de economistas eminentes, como John Maynard Keynes, a reunião também resultou em dois órgãos para regular a economia em escala global, fomentar a reconstrução dos países destruídos e evitar que se repetissem tragédias como a hiperinflação na Alemanha dos anos 1920 – tão extrema que abriu o caminho para a ascensão de Hitler.
Essas instituições eram o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o que hoje chamamos de Grupo do Banco Mundial – um conjunto de cinco instituições diferentes (veja no box) sob um mesmo guarda-chuva. Só uma delas, aliás, nasceu em Bretton Woods: o BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento). As demais vieram nas décadas seguintes.
O FMI sugere melhorias nos sistemas financeiros e monetários de seus países-membros. Trata-se de um fundo internacional que empresta dinheiro a governos mergulhados em crise econômica ou incapazes de pagar a própria dívida externa – em troca, exige certas reformas para evitar que o problema se repita. Já o Banco Mundial financia projetos em países pobres e também cede dinheiro a ONGs e outros grupos.
O sistema de Bretton Woods acabou em 1971, quando os EUA abandonaram o lastro de ouro e o valor das moedas passou a flutuar ao sabor das taxas de câmbio. Mas as instituições ficaram e se tornaram pilares da globalização pós-Guerra Fria, a partir de 1990.
As instituições do Banco Mundial:
BIRD
Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
AID
Associação Internacional de Desenvolvimento
AMGI
Agência Multilateral de Garantia de Investimento
CIRCI
Centro Internacional para Resolução de Conflitos sobre Investimentos
CFI
Corporação Financeira Internacional