É Mônaco, com um bilionário a cada 13 mil cidadãos. Se São Paulo, com seus 12 milhões de habitantes, fosse Mônaco, a cidade abrigaria 920 bilionários (em dólar). Mônaco, porém, tem menos habitantes que um estádio de futebol: só 39 mil. Então consegue liderar o ranking tendo apenas três bilionários dentro de suas fronteiras – curiosamente, uma das pessoas dessa lista mais do que seleta, de acordo com o ranking da Forbes, é uma brasileira nascida em Porto Alegre, mas que também tem cidadania monegasca: a socialite Lily Safra.
O topo da lista da Forbes é recheado de micronações/paraísos fiscais: Liechtenstein, São Cristóvão e Neves, Guernsey – todos eles com nanopopulação e um único representante abastado para cada. Convenhamos: aí não conta. Entre os países de verdade (perdão, luxemburgueses), o que tem mais bilionários é Singapura: são 28 bilionários para 5,8 milhões de habitantes. Dá 4,7 hiperendinheirados para cada milhão de pessoas. Depois vem a Suíça, com 4,6 por milhão (40 bilionários versus 8,6 milhões de habitantes).
Em números absolutos, reinam os EUA e China, como era de se esperar. São 567 na terra de Xi Jinping (0,27 por milhão de habitantes) e 711 na de Joe Biden (1,8).
No Brasil, são 65 bilionários (0,21/1.000.000), o que nos deixa na 7a posição do ranking geral, e na 47a do ranking proporcional. O líder é Eduardo Saverin, o cofundador do Facebook chutado da companhia por Mark Zuckerberg, mas que ganhou na Justiça americana o direito a receber 2% das ações da companhia. Elas garantem ao paulistano US$ 20,7 bilhões, uma fortuna consideravelmente maior que a do segundo colocado, Jorge Paulo Lemann, fundador da Ambev e dono de US$ 15,8 bilhões. O cardiologista Jorge Moll, fundador da Rede D’Or de hospitais e com US$ 12,8 bilhões, fica com o bronze. Completam o top 5 brasileiro Marcel Telles (US$ 11 bi) e Carlos Alberto Sicupira (US$ 8,2 bi), sócios de Lemann.