Até tempos bem recentes, as rotas de aprendizagem eram poucas e bem-conhecidas: aprendia-se em situações de aprendizagem formal; em cursos, palestras; aprendia-se também informalmente, ou, como se diz, “na prática”. E uma das características desses modelos era que se orientavam pela ideia de que todos devem aprender ao mesmo tempo, as mesmas coisas e, o que é pior, do mesmo jeito.
A onda avassaladora da tecnologia, que acarretou mudanças no mundo, na sociedade, no trabalho, na educação, chegou também ao ambiente corporativo e apenas começa a revolucionar as formas pelas quais aprendemos.
Que formas são essas? As que existiam, permanecem. As que chegaram, já rompem os paradigmas da educação no século passado: não mais aprendemos no mesmo lugar, as mesmas coisas e do mesmo jeito. Cada vez mais (e é apenas o início da jornada), aprendemos onde estamos, aprendemos aquilo que importa para certo contexto ou situação-problema, aprendemos do nosso jeito.
Pode parecer teórico e quero dar exemplos práticos. Para não falar dos outros, falo de mim. Ainda recentemente me perguntaram como uma executiva que trabalha metade do dia, e ainda precisa dormir, se alimentar, fazer exercícios, cuidar da vida pessoal, aprender, como se mantém atualizada? Eu ainda não tinha parado para pensar em mim, e concluí que são inúmeras formas e com experiências muito mais ricas e prazerosas que no passado.
Gosto muito de seguir e ler artigos de pessoas, especialistas, escolas de negócios, consultorias e fontes que admiro. São artigos que vejo no LinkedIn, Twitter, e em outras mídias sociais ou que recebo de diferentes fontes.
Também observo como as pessoas trabalham e reflito o que eu deveria fazer melhor e diferente. Gosto de aprender com o meu time e com os diferentes pontos de vistas que exploramos juntos. Aprender observando o mundo e o funcionamento das coisas: ah, que forma privilegiada de aprender, que os gregos nos ensinaram.
Gosto de livros, daqueles em papel, que pesam na bolsa, como gosto de ler no celular ou de assistir vídeos, como os TEDs.
E, vejam só, gosto de aprender na plataforma cognitiva Your Learning, umas das plataformas de aprendizagem mais inovadoras do mercado, que sabe quem eu sou, o que faço, procura entender o que estou buscando saber e me oferece percursos e conteúdos.
Também converso com crianças e jovens. Esse hábito começou em casa, com um filho que me desafia intelectualmente e em nada se parece com o estereótipo dos jovens de hoje. Ele, estudando engenharia, como eu fiz, me fala de filosofia, relacionamentos, literatura, sobre a vida. Quem poderia querer mais?
E como não lembrar o quanto aprendemos quando ensinamos? Aprendo muito com meus alunos sobre o mercado, realidades e desafios diferentes aos que eu vivi, e tudo sob a ótica das novas gerações. Dividir e compartilhar experiências enriquecem nossas vidas e aguçam nosso olhar para aquilo que nunca reparamos antes.
Por fim, e isso é fundamental, gosto de investir em mim pelo menos uma vez por ano. Investir em mim significa: colocar a mão no bolso, usar dias de férias e feriados, fazer viagens para atender a treinamentos e eventos que considero na ponta das tendências do mundo complexo atual. Eles trazem um algo a mais do que os eventos que frequento na rotina do meu trabalho. Fazer esse esforço unicamente pessoal, sem depender de ninguém ou de nenhuma empresa, fortalece nossos compromissos internos, aqueles pactos que fazemos conosco mesmos e nos ajudam a sentir a carreira e a vida nas mãos.