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Patrícia Maldonado

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Jornalista, trabalha com TV há 24 anos. Passou por Globo/SporTV, Record e Band. Ministra o curso "Perca o medo da câmera". @patriciamaldonado
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Naturalidade: a palavra-chave na comunicação

Na hora de falar com a sua audiência, é essencial ser você mesmo. Mas, ok: não é fácil. Então veja aqui cinco lições que ajudam muito.

Por Patrícia Maldonado
14 mar 2022, 15h59
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 (Prostock-Studio/Getty Images)
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Você, com certeza, conhece aquela pessoa sem graça que, quando grava um vídeo, tenta fazer piadinha. Ou aquela que, quando alguém liga a câmera, força a voz para ficar com o mesmo tom daquele apresentador famoso. Pois bem, os dois casos são lamentáveis.

Não só porque imitação é coisa para humorista profissional, mas porque o mais legal, o que mais conecta a gente a alguém que está aparecendo num vídeo (seja na TV ou nas redes sociais) é a naturalidade: a pessoa ser ela mesma, espontânea.

Claro que todo mundo tem referências do que gosta, e isso é importante. Mas uma coisa é se inspirar numa pessoa, outra é copiar.

Veja bem: um dos meus trabalhos de maior destaque na TV foi o programa vespertino Tudo a Ver, que tive a honra de apresentar ao lado do jornalista Paulo Henrique Amorim nas tardes da Rede Record. Ele sempre foi um profissional que admirei e, ao trabalharmos juntos, passei a gostar ainda mais do estilo dele: sério quando necessário e divertido quando cabia, cheio de bordões.

O que eu fiz a partir dessa experiência? Copiei o “boa noite e boa sorte”? Criei o meu próprio bordão? Não e não. Definitivamente, nada disso combina comigo. O que eu fiz foi, ao observá-lo, ver que eu podia me soltar e que, nem por isso, perderia minha credibilidade. Foi concluir que eu podia ser na TV o que eu sou pessoalmente. Bingo!

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A verdade é a principal responsável por garantir naturalidade. Graças ao Paulo Henrique até hoje quando faço trabalhos para a TV e estou falando de algum assunto leve, dou boas gargalhadas, como faço na vida real! E tudo bem! Sou eu mesma ali, não um personagem.

Mas ok, eu sei que ficar a vontade em frente às câmeras a ponto de dar uma gargalhada não é tarefa fácil. Sendo assim, separei abaixo outras cinco lições que aprendi ao longo da minha trajetória e que ajudam muito na hora de manter a naturalidade:

  • Use palavras que você usaria normalmente numa conversa, não pense que palavras mais rebuscadas vão dar a impressão de que você é mais inteligente. Pelo contrário! Elas podem tornar seu discurso pedante e sua imagem forçada, passando a impressão para a audiência de que aquelas palavras não “cabem na sua boca”.
  • Tente interagir com a audiência mesmo que ela esteja do outro lado da tela. Esse truque é ideal para que as pessoas se sintam próximas, como se estivessem do seu lado.
  • Tente ser o mais didático possível. Nada de palavras técnicas demais que só quem é profissional da área entende. Quanto mais gente te entender e se interessar pelo seu conteúdo, quanto mais gente compartilhar o seu material, melhor.
  • Fale de assuntos que você gosta e domina!
  • Planeje-se, mas não siga à risca demais o roteiro. Improvise quando possível, trabalhe sua espontaneidade.
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Mas, atenção! Ninguém nasce sabendo, como já disse em outras colunas. Quanto mais vezes você gravar, mais a vontade você vai ficar. Se persistir de verdade você vai ver: em breve a câmera vai ser uma grande amiga.

 

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