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Dicas para aproveitar os descontos da Black Friday sem cair em pegadinhas

Especialistas explicam como fugir dos "preços pela metade do dobro" e outras ciladas comuns durante a sexta-feira mais aguardada do ano.

Por Katia Cardoso
17 nov 2020, 16h00

Às vésperas da Black Friday, que já é considerada, no Brasil, uma data de vendas tão importante quanto o Natal, tem gente contando os minutos para a sexta-feira 27 chegar logo.

Para este ano, espera-se um aumento de 27% nas compras em relação a 2019, segundo dados da consultoria Ebit/Nielsen. O motivo? A adesão às compras online pelos consumidores durante a pandemia de coronavírus.

O problema é que, no meio de milhares de ofertas e apelos de consumo, fica difícil saber o que vale a pena. Para ajudá-lo a aproveitar ao máximo os descontos, três especialistas dão orientações importantes para ir às compras e não se arrepender depois.

1. Pesquise preços com antecedência

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Ainda existem comerciantes que aumentam o valor dos produtos para fazer promoções fajutas. “Em anos anteriores, a ‘maquiagem’ de preços ocupou o quarto lugar entre as principais reclamações”, diz Bruno Teleze, ex-supervisor de fiscalização da Fundação Procon/SP. Na dúvida, consulte sites que publicam o histórico de preço de milhares de produtos.

Nas páginas do Buscapé e do Já Cotei, é possível ativar um alerta de preços para ser avisado quando o produto chegar ao valor desejado. Antes de comprar, vale a pena conferir também a plataforma Black Friday de Verdade, que permite o cadastramento antecipado do consumidor para receber alerta e comparação de preços.

2. Veja a reputação do site e faça prints da tela

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O Procon mantém uma lista atualizada de quem sempre dá dor de cabeça. E o Reclame Aqui deve monitorar, em tempo real na sexta-feira, quem oferece os maiores descontos e os que estão liderando as reclamações. Não se esqueça de registrar as compras online com um print screen (foto da tela), para ter provas e usá-las em caso de problemas.

3. Só compre em sites estrangeiros se forem conhecidos

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É que, se não estiverem hospedados no Brasil, você não terá amparo legal para correr atrás dos seus direitos se acontecerem contratempos com a compra ou com o produto. Veja também se o site tem certificado digital SSL (secure socket layer), que criptografa as informações entre o usuário e a loja. Essa dica vale para os sites brasileiros também. “E jamais abra links enviados por e-mail, pois podem conter programas maliciosos”, afirma Teleze.

4. Liste seus desejos

Assim, você não consome por impulso. “Se ficar muito tentado a efetuar a compra, saia da tela, espere uns dez minutos”, diz Carolina Sandler, do site Finanças Femininas. “Aproveite para se perguntar se precisa do produto, se pode pagar por ele e se o desconto vale a pena.” Se responder negativamente a uma dessas questões, repense sua compra.

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5. Não se deixe pressionar pelo lojista

Preste atenção ao argumento de “últimas unidades” e aos sites que deixam um cronômetro para mostrar que o tempo está correndo e que você pode perder a chance de adquirir aquele item tão cobiçado – não passam de estratégias para pressionar os consumidores. “São recursos que mexem com nosso medo de perder”, explica Carolina. Ela também alerta para o efeito manada: todo mundo no seu círculo de amigos tem um produto da moda ou de uma marca badalada. Então, você se vê obrigado a comprar.

6. Parcele apenas se valer a pena

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É preciso ter certeza de que vai dar para arcar com as parcelas e que o desconto é vantajoso. “Caso contrário, fuja das dívidas e do risco de se enrolar no cartão de crédito, pagando juros que chegam a 14% ao mês”, diz Viviane Ferreira, especialista em finanças, de São Paulo.

7. Verifique se o desconto é real 

Muitas lojas oferecem descontos de até 90%, mas que vale para uma única peça (e das mais baratas). “Esse tipo de apelo pode induzir as pessoas a comprar, fazendo com que acreditem que o desconto será aplicado a todos os itens”, afirma Viviane. Não tenha receio de perguntar ou de fazer cálculos. E leve o tempo que precisar para efetuar a sua compra.

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