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Bancões entram na guerra e zeram taxa de corretagem para ações

Depois do Itaú, Santander anuncia a isenção para operações feitas em seus canais digitais – cinco anos mais tarde que as corretoras independentes.

Por Jasmine Olga
Atualizado em 6 set 2023, 08h02 - Publicado em 6 set 2023, 06h06
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 (Tamires Mazzo/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Com a Selic em trajetória de queda e a expectativa de que a bolsa volte a brilhar aos olhos do pequeno investidor, os grandes bancos entraram na briga pela atenção deste público – ainda que com alguns anos de atraso. 

O Santander decidiu zerar as taxas de corretagem para compra e venda de ações e outros ativos de renda variável. O primeiro passo entre os bancões tinha rolado há não muito tempo, em outubro de 2022, com o Itaú (que zerou as tarifas das negociações pelo app Íon). 

A estratégia é a mesma que vem sendo adotada por bancos e corretoras de menor porte desde pelo menos 2018 — zerar a taxa de corretagem (aquela cobrada pelo serviço de intermediação entre você e a B3) para a negociação de ativos como ações, ETFs (fundos de índice), BDRs (recibos de ações estrangeiras), fundos imobiliários e opções. NuInvest e Rico são exemplos de corretoras que não cobram as taxas. E elas começaram com a isenção no Tesouro Direto, um benefício que tinha apoio da B3.

Entre os grandes bancos brasileiros, Bradesco e Banco do Brasil ainda fazem a cobrança da taxa de corretagem. Enquanto o BB cobra R$ 4,90 mais 0,02% do valor negociado, a Ágora (braço de investimentos do Bradesco que atende o investidor de varejo) tem uma taxa de R$ 4,50 para o mercado à vista e de R$ 2,50 para day trade

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Mas, se o passado serve de espelho, não deve demorar para que os demais bancões reajam. Afinal, a competição pelos mais de 5 milhões de CPFs cadastrados na B3 é acirrada. Apesar da demora de reação, os bancos brasileiros não ficaram completamente parados no tempo. Pode não parecer, mas as instituições já vinham tentando praticar preços “mais acessíveis”. 

Em um passado nem tão distante, os valores eram bem mais salgados. Em 2018, o Santander ainda cobrava R$ 10 mais 0,5% do total investido por ordem de compra. 

Em 2020, a Ágora tinha uma tabela regressiva que começava em R$ 18 por operação e ia até R$ 2 — ou seja, quanto mais você investia no mês, menor a tarifa paga por transação. Já a Bradesco Corretora cobrava 0,20% para ordens de até R$ 100 mil por dia, com um pagamento mínimo de R$ 10. 

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