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Por que acompanhar o “S&P 493”

Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla. Essas sete empresas respondem por quase um terço do S&P 500. A leitura do índice sem elas, “só” com as 493 restantes, revela que o mercado está menos volátil do que parece.

Por Sofia Kercher
Atualizado em 18 dez 2023, 12h12 - Publicado em 18 dez 2023, 10h00
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  • Em 2022, o S&P 500 caiu 19,4%, naquele que foi o primeiro tombo anual desde 2018. Tratava-se do impacto do início da alta de juros nos Estados Unidos, para conter a inflação. Neste ano, a chave virou: até o final de novembro de 2023, o tinha valorizado 19%.

    O S&P mede o desempenho de 500 empresas, mas tem suas estrelas. Sete delas, para sermos mais específicos: Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla.

    Todas já superaram o valor de mercado de US$ 1 tri (ainda que Tesla e Meta tenham voltado à faixa dos bilhões). Somadas, elas respondem por 29% no índice de ações mais importante do mundo.

    Os papéis da Apple – a maior empresa do mundo, com quase US$ 3 tri de valor de mercado – subiram mais de 50% no ano. Personificando a euforia pelas IAs na bolsa, a Nvidia subiu 230% no mesmo período. Somadas, as chamadas Sete Magníficas têm um valor de mercado de US$ 11,8 trilhões.

    Até aí, tudo lindo. A questão é que as outras 493 empresas que compõem o índice não têm a mesma trajetória. Ou seja: o desempenho estelar do S&P não reflete necessariamente a situação atual do mercado todo – nem da economia americana.

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    (Matheus Spina, da Economática/VOCÊ S/A)

    A solução para corrigir essa discrepância está em um outro índice: o S&P 493. Ele possui a mesma composição acionária que o S&P 500, mas sem as empresas-prodígio. Ali, a subida das ações é bem mais modesta: 8,2% no ano. No mesmo período, a valorização acumulada das sete é de 106,27% (veja no gráfico).

    No topo do S&P 493 estão a Berkshire Hathaway, o JP Morgan, e a Eli Lilly – que vive sua própria história “big tech” com a corrida pela nova geração de remédios para emagrecer (leia mais sobre ela aqui).

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    Nos primeiros meses do ano passado, as 493 companhias tiveram uma valorização bem mais modesta do que as gigantes tech. Em compensação, sofreram menos quando a chave do mercado virou e passou a cair.

    Resultado: enquanto as sete perderam 41% de seu valor no período, o S&P 493 perdeu 12%.

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