O Open Finance foi anunciado como uma revolução tão grande quanto o Pix. E, de fato, ele tem o potencial de aumentar a competição entre os bancos pelo seu dinheiro. Está insatisfeito com o serviço de uma instituição financeira? Compartilhe seus dados com um concorrente e veja se ele oferece um empréstimo mais barato ou um cartão com anuidade menor.
Atualmente existem quase 80 milhões de autorizações concedidas para que bancos troquem informações, divididas em permissão de envio e recebimento de dados.
São números do começo de setembro, quando os bancos enviavam apenas informações de movimentação em conta e de serviços de crédito. No início de outubro, o Open Finance passou a englobar também investimentos.
Com o aval do cliente, bancos agora podem acessar também a carteira de aplicações. Estão incluídos aí renda fixa, como CDBs e títulos públicos, fundos e ações.
A ideia geral é a mesma: o banco que recebe suas informações pode ofertar fundos com taxas de administração mais baixas, por exemplo.
A troca de informações sobre investimentos é limitada às instituições que já fazem parte do Open Finance. São mais de 200, um número turbinado pelas diferentes divisões dos bancões. De qualquer forma, os grandes players do mercado estão lá.
Resta saber se haverá, de fato, melhora na vida do investidor. Diferentemente do Pix, os impactos do Open Finance ainda não foram documentados. A ACI Worldwide, consultoria internacional que atua no setor de pagamentos, afirma que o Pix gerou uma economia de US$ 5,2 bilhões a empresas e consumidores apenas em 2021, o primeiro ano completo de operação da tecnologia.
A primeira fase da troca de informações começou no mesmo ano do Pix. Curiosamente, ainda não existem estudos que mostrem as vantagens para o consumidor de aderir ao Open Finance.