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Perfil de investidor: entenda qual é o seu

O mercado classifica todo mundo em três caixinhas: conservador, moderado e arrojado. É uma obrigação legal, mas também um conceito útil para seu planejamento financeiro. Entenda o que realmente significa cada termo e saiba como se encontrar nessas caixinhas.

Por Bruno Carbinatto | Design: Tiago Araujo | Edição: Alexandre Versignassi
Atualizado em 6 dez 2021, 14h47 - Publicado em 19 nov 2021, 06h38
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 (Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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mundo dos investimentos é uma grande “festa estranha, com gente esquisita’’, em uma analogia poética. Tem quem busque só ganhar uns pingos enquanto deixa o dinheiro parado no longo prazo; tem quem faça day trade porque viu no YouTube um vídeo de como ficar milionário rápido; tem quem aposte em criptomoedas com nomes de memes. Há uma grande parte que deixa o dinheiro na poupança, o menos rentável dos investimentos seguros, enquanto outros desbravam alternativas na renda variável. 

No meio de tanta diversidade, fica difícil saber quem você é – especialmente para quem nunca se aventurou nesse universo. A boa notícia é que o mercado achou um jeito de ajudar quem inicia a jornada. Basta abrir uma conta em uma corretora ou se aventurar no segmento de investimentos no app do banco para se deparar com um longo questionário sobre sua vida, seu dinheiro e, quem diria, sobre seus sonhos e objetivos futuros.

Parece teste do Buzzfeed ou um MBTI, queridinho dos millennials, mas trata-se da Análise de Perfil do Investidor (API), um questionário feito por corretoras e bancos para analisar as características da pessoa que deseja investir seu dinheiro lá. O quiz é uma etapa obrigatória do chamado processo de suitability, um conceito regulatório que ganhou força depois 

da crise de 2008. Em linhas gerais, ele diz que as instituições financeiras têm a obrigação ética de adequar suas recomendações de produtos e serviços de investimentos aos diferentes clientes. Isso porque investir envolve risco de perder dinheiro (muito, dependendo da jogada), e entende-se que é dever dos intermediários evitar danos oferecendo apenas investimentos que se adequem ao perfil  do investidor. 

Quem diz isso é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado financeiro. A autarquia lista alguns pontos obrigatórios que as corretoras e bancos devem coletar do usuário para fazer essa análise. São eles: o patrimônio e a renda do cliente; o valor que ele já tem investido, e em que tipo de investimento; qual a finalidade do investimento planejado, e por quanto tempo ele deve ocorrer; a formação acadêmica e experiência profissional do cliente; e, o mais importante: o quanto de risco ele está disposto a correr na hora de investir. (Essas são as informações obrigatórias, mas cada instituição pode coletar informações extras que considere relevantes).

A partir das respostas, o banco ou a corretora deve classificar você em perfis previamente estabelecidos – no mínimo, e em geral a regra no mercado, três. Embora o nome possa variar, o clássico é dividir as pessoas nas categorias conservador, moderado (ou equilibrado) e arrojado (ou agressivo). Veremos os detalhes específicos de cada perfil mais para a frente, mas, como o próprio nome sugere, o que muda de um para o outro é a disposição de correr mais risco em troca de uma rentabilidade potencialmente maior.

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A CVM não dita qual metodologia deve ser utilizada para classificar clientes. Isso fica a critério da instituição. Mas outra entidade, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), tem suas diretrizes para corretoras e bancos a fim de padronizar um pouco as coisas. Uma delas: todo cliente que declarar ser avesso a riscos e necessitar de liquidez nos investimentos (ou seja, que não tem como deixar o dinheiro parado por anos) deve ser classificado no perfil mais conservador possível entre os definidos pela instituição, independentemente das outras respostas que tenha assinalado.

Faz sentido. Afinal, o resultado do teste não é para inglês ver – a regulamentação diz que o banco ou a corretora só pode oferecer produtos e serviços que se adequem ao perfil do cliente (a classificação de risco de cada produto também é regulamentada pela Anbima). Não significa que os investidores não possam escolher opções diferentes por conta própria, mas é dever da corretora alertá-los sobre eventuais riscos que estejam acima do adequado ao seu perfil. Nesses casos, você precisa assinar um termo de consentimento para provar que está ciente do potencial de perdas do negócio.

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Segurança e estabilidade são o que procuram os conservadores, mesmo que os retornos sejam menores. (Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Nisso, a Anbima diz que é melhor optar pelo excesso de cuidado – oferecer uma opção de investimento com baixo risco para um investidor agressivo é bem menos danoso do que sugerir uma opção que pode gerar perdas significativas para um conservador. Não é comum haver episódios que chegam a esse ponto, o de oferecer produtos arriscados para quem tem perfil avesso a aventuras financeiras, mas já aconteceu.

Imbróglios legais

Em 2018, a CVM determinou que a XP Investimentos devolvesse R$ 123 mil a um cliente que ficou no prejuízo após investir em uma operação de alto risco sugerida por um operador da corretora em 2015. O homem só havia investido na poupança até então, e abriu a conta pensando em colocar seu dinheiro no Tesouro Direto, uma aplicação tão conservadora quanto a Rainha da Inglaterra. Mas, segundo a CVM, o cliente foi induzido a investir em um tipo complexo de operação que envolve opções – apostas sobre se os preços de um ativo vão cair ou subir no futuro, nada adequadas a leigos, e que podem gerar perda total. O resultado foi um enorme prejuízo.

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Não foi a única vez que uma corretora entrou na mira da CVM por ignorar o suitability. É que o Perfil do Investidor é só uma parte do processo; há outra classificação, bem menos subjetiva, que limita as opções de investimento, desta vez com base não nas características psicológicas do cliente, mas no dinheiro que ele tem. Também são três: os menos endinheirados são colocados na definição de “investidor de varejo” – o investidor comum, que coloca quantias relativamente baixas em produtos típicos, como ações e fundos de investimento. 

A partir de quantias investidas maiores, a coisa muda. Quem tem mais de R$ 1 milhão em investimentos ganha o rótulo de investidor qualificado, e tem acesso a aplicações mais complexas do que os meros investidores de varejo. Há também outra definição, ainda mais VIP: os investidores profissionais, aqueles que possuem mais de R$ 10 milhões investidos e têm acesso a produtos ainda mais exclusivos.

Recentemente, porém, a CVM pegou algumas corretoras no pulo, permitindo que investidores de varejo comprassem ativos disponíveis apenas para investidores qualificados. Tratava-se de ações de empresas que tinham recém aberto seu capital na bolsa brasileira. A modalidade de IPO dessas companhias, porém, havia sido a chamada “oferta restrita” ou “oferta 476” – em que somente investidores profissionais podem participar. Depois, os papéis dessa empresa ficam restritos a negociações entre investidores qualificados – os investidores de varejo só podem comprar tais ações 18 meses depois do IPO.

Não era o que estava acontecendo. Em setembro de 2021, a CVM detectou o seguinte: várias empresas que tinham feito seus IPOs na modalidade restrita possuíam acionistas não qualificados. Entre as companhias da lista, estão a Vamos, subsidiária de locação de caminhões da Simpa, e a urbanizadora Alphaville. O resultado foi que o órgão mandou as corretoras bloquearem a negociação dessas ações da noite para o dia, causando um grande bafafá no mercado, já que ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo. 

Aparentemente, ninguém ligava muito para a norma proibitiva, e a CVM nunca tinha feito nada para intervir até o momento. A discussão sobre o suitability, então, voltou à tona. Depois de muito debate, o órgão descongelou as ações e permitiu que os investidores comuns mantivessem os papéis. Mas que, se quisessem vender antes do prazo de 18 meses, só poderiam fazê-lo para investidores qualificados.

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Os três porquinhos

Confusões legais à parte, as classificações de perfil do investidor não servem só para guiar a conduta das corretoras. Elas também são úteis na educação financeira – e adotadas pelo mercado como regra para você se conhecer melhor antes de investir seu dinheiro.

O conservador é aquele que quer evitar a todo custo perder dinheiro, mesmo que isso signifique ganhos menores. Ele opta por um retorno previsível e constante. Por isso, o perfil é quase sinônimo de investimentos somente em renda fixa, com 0% em ações ou fundos que apliquem em renda variável.

Mas há armadilhas aí. “Nos últimos dois anos, quando tivemos a Selic baixa, as pessoas praticamente desprezavam a renda fixa”, diz Gustavo Cerbasi, escritor, consultor e referência em educação financeira. Nisso, o mercado passou a entender que até mesmo os perfis mais conservadores poderiam ter pequenas partes da sua carteira em renda variável – coisa de 5% da carteira, no máximo, em investimentos como fundos imobiliários(que também são renda variável, mas tendem a ser um pouco mais estáveis). Com a taxa de juros subindo novamente, porém, o entendimento geral volta a ser o de que os conservadores devem ficar longe da renda variável – e mesmo das formas mais oscilantes de renda fixa, como os títulos prefixados (que podem gerar grandes perdas para quem não os segura por anos, até a data de vencimento).

Uma pessoa de perfil conservador não é necessariamente alguém que tenha pouco conhecimento sobre o mercado. É normal ver gente que já ganhou um bom dinheiro com ações ou derivativos (como as opções) preferir hoje o porto seguro dos títulos públicos – de preferência o Tesouro Selic, que garante uma renda pequena, mas diária e garantida.

O mercado tem um outro termo, usado informalmente, para aqueles que são conservadores não por opção, mas por falta de conhecimento. Esses são os superconservadores, gente que deixa o dinheiro na poupança – a pior opção de investimento seguro, que leva pau do Tesouro Selic – por não saber que existem alternativas tão seguras quanto, e mais rentáveis. Segundo a Anbima, entre os brasileiros que investiram em 2021, 74% escolheram a poupança. 41% dos entrevistados alegaram que a segurança era o motivo principal para a escolha do investimento; 28% citaram a liquidez (facilidade de sacar), e só 23%, o retorno.

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Perfis moderados tendem a ter entre 15% e 20% de sua carteira de investimentos em renda variável. (Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Ou seja: o brasileiro médio é, por definição, “superconservador”. Mas isso vem mudando. “Nos últimos quatro anos, houve um boom da educação financeira nas redes sociais na forma de influenciadores e canais informativos que convidaram as pessoas para vários tipos de experiências”, diz Cerbasi. Dessa forma, cada vez mais gente começa a se aventurar na renda variável – e migra para o próximo perfil, o moderado.

É difícil definir esse perfil, porque ele é um meio-termo. Em geral, um perfil moderado tem entre 15% e 20% de sua carteira em renda variável. Ele aceita uma certa volatilidade nos retornos de seu investimento, pensando no ganho do longo prazo, ainda que não esteja 100% confortável com a ideia de que pode perder dinheiro.

Aí vem o último e mais ousado dos perfis: o arrojado ou agressivo. São aqueles dispostos a um risco razoável de perda em nome do acesso a possibilidades maiores de renda. Uma ação, afinal, pode dobrar o seu dinheiro em um ano, coisa que a renda fixa não fará por você. Por outro lado, você pode perder metade do que colocou (em casos extremos, tudo). E isso a renda fixa só faria com você se caísse outro Plano Collor lá do espaço sideral. 

Seja como for, a essência do investidor agressivo é não se preocupar tanto com as perdas de curto prazo da renda variável, apostando que, no longo prazo, o ganho será maior do que na renda fixa. Em geral, perfis arrojados têm mais experiência no mercado e entendem as variações temporárias como algo que faz parte do jogo.

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Isso não significa que um investidor arrojado despreza renda fixa, claro. Mesmo aqueles mais sangue nos olhos tendem a ter somente 40%, 50%, em renda variável. 

Assim como no caso dos superconservadores, o mercado tem outro termo, informal, para quem arrisca por ignorância: os superarrojados. Lembra do boom de educação financeira nas redes sociais? Um lado obscuro desse fenômeno são as picaretagens que prometem enriquecer qualquer um em pouco tempo – e levam investidores com pouca experiência a apostar a maior parte da sua carteira, senão toda, em ativos especulativos e imprevisíveis. Entram nessa definição, por exemplo, os day traders amadores. Eles apostam em derivativos que até podem render 1.000% em um dia, mas que, por outro lado, também têm o potencial de levá-los à falência.

Cada um no seu quadrado: os riscos de cada  tipo de investimento

  • Tesouro Selic

Rende todos os dias, e o risco de perda é desprezível. Sua reserva de emergência deve estar nesse título público (ou em fundos de custo zero que investem neles). 

  • Fundos de renda fixa

Os fundos DI investem em Tesouro Selic. Os de Renda Fixa, numa mistura, que contempla Tesouro IPCA+ e prefixados. Sofrem mais oscilações. 

  • Tesouro IPCA+

Garante uma renda bem maior que a Selic, mas só para quem segura até o vencimento (a partir de 5 anos). O valor do seu saldo nesses títulos, porém, cai em épocas de alta nos juros. 

  • Tesouro prefixado

Paga os juros mais altos no curto prazo (três anos é o mínimo). Mas não protege contra a inflação. Vale mais para quem quer especular: o valor do saldo cresce quando a Selic entra em baixa.

  • Fundos Multimercado

Mesclam renda fixa e ações – ou seja: há risco de perda. A eventual rentabilidade também costuma ser afetada por altas taxas de administração.

  • Ações

Tendem a bater os títulos públicos no longo prazo (cinco anos em diante). Mas note bem: só tendem. Qualquer investimento em ações pode causar perdas pesadas, em qualquer intervalo de tempo.

  • Cripto

Ganhos passados não são garantia de ganhos futuros. O risco de entrar nessa e perder tudo é real. Só aposte nisso dinheiro que esteja de fato sobrando.

  • Derivativos

São as opções e minicontratos (ativo favorito dos day traders). Podem dar lucros assombrosos. O risco, porém, é de você perder mais do que tudo. Sim: é normal entrar nessas apostas e sair endividado.

Quem sou eu?

Ok, já vimos os perfis, mas a pergunta central fica: se eu nunca investi, como descubro em qual perfil me encaixo? A resposta mais óbvia é fazer os testes disponíveis nas corretoras e bancos, claro. Esses questionários, porém, são genéricos demais para ditar os rumos da sua vida.

Afinal, convenhamos, não dá para confirmar o futuro dos nossos investimentos em algumas perguntas prontas, que têm mais caráter legal do que de planejamento financeiro. E nem sempre respondemos ao questionário com total afinco: um cliente que abre uma conta em uma corretora pensando em investir pode não ter todas as respostas prontas na cabeça – talvez não saiba por quanto tempo quer manter aquele investimento, ou o que realmente planeja fazer com aquele dinheiro. 

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Um investidor arrojado não perde o sono com perdas porque pensa nos ganhos no longo prazo. (Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Até o mais importante objetivo do teste – entender a disposição de risco do cliente – não é totalmente confiável, se considerarmos que autoavaliar a propensão ao risco é uma habilidade um tanto rara. Estudos já mostraram que quem não tem experiência com investimentos tende a supervalorizar os riscos – daí o casamento interminável do brasileiro médio com a caderneta de poupança, por exemplo. 

Para refletir sobre seu próprio perfil, é preciso fazer perguntas mais específicas sobre sua vida. Antes de tudo, 100% dos investidores precisam construir uma reserva de emergência. É necessário guardar dinheiro equivalente a seis meses de despesas para enfrentar uma eventual demissão (no caso de autônomos, 12 meses, porque não há o dinheiro extra garantido pela CLT). Nada de inventar: esse dinheiro precisa ir para renda fixa, com alta liquidez. Em outras palavras, Tesouro Selic ou fundos de custo zero que invistam só nesse tipo de título público.

Depois, outro passo: garantir um futuro. É preciso pensar todo mês em quanto você pode separar para investimentos de longo prazo, como um plano de aposentadoria. E isso pode envolver tanto renda variável como renda fixa que não seja Tesouro Selic (os títulos IPCA+, por exemplo, que podem gerar perdas no curto prazo, mas garantem uma rentabilidade mais gorda a quem pode esperar). 

A questão central é: para que, e para quando, você quer usar o dinheiro investido? É mais importante deixar que os objetivos definam seu perfil do que o contrário. Para cada projeto, reserve uma parte do seu dinheiro e invista naquilo que faz mais sentido. “Se meu projeto é de fazer um curso daqui a três meses, vai ser renda fixa, porque o horizonte é curto”, diz Cerbasi. “Se for viajar daqui a cinco anos, vai ser renda variável. E se eu for viajar em algum momento, sem prazo definido, mas somente se eu tiver acumulado patrimônio, invisto em renda variável.”

Depois de ter esses dois planos em mente, o da reserva de emergência e o da construção de patrimônio de longo prazo, aí sim, dá para pensar em qual caixinha de investidor você se encaixa. É isso: você nem precisa ter pressa para definir seu perfil – o começo da jornada é igual para todos. O tempo – mais do que os testes – trará o resultado certo. 

Como refletir sobre seu perfil de investidor

  • Pense nos objetivos

O que importa mesmo é o que você quer fazer com o dinheiro (e para quando precisará dele). Se o desejo é realizar um sonho no futuro distante, sem prazo definido, o apetite por risco tende a ser maior. Se é apenas manter seu patrimônio, você é predominantemente conservador.

  • Se conheça

Se você perde noites de sono pensando em perdas nos investimentos, mesmo que isso não afete seu padrão de consumo imediatamente, a agressividade pode não ser para você.

  • Não se deixe influenciar

O que não falta na internet são promessas de enriquecer rapidamente – e te convencer a aceitar um risco maior do que você realmente suporta. Cuidado.

  • Vá com calma 

Não é preciso ter pressa para definir seu perfil. Comece experimentando ser mais arrojado com quantias pequenas – isso mostrará o quanto você realmente aceita correr riscos. 

 

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