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Por que o open banking não pegou na mesma velocidade do Pix

Victoria Amato, diretora de negócios (CBO) da Quanto, explica as diferenças

Por Tássia Kastner
13 jan 2022, 08h08
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  • O open banking estreou com a promessa de ser tão revolucionário quanto o Pix. Só que o ritmo tem sido mais lento. Brasileiros têm receio de compartilhar seus dados com bancos, e ainda veem poucos benefícios, como juros menores, maior limite de crédito ou menos tarifas.

    Nesta entrevista, Victoria Amato explica que os bancos ainda estão aprendendo a lidar com a enxurrada de informações. Ela é CBO na Quanto, uma fintech que surgiu justamente para ajudar nesse processo. Antes de o open banking começar, a Quanto recebeu investimentos do Bradesco e do Itaú.

    1. Por que o open banking não teve o mesmo sucesso do Pix?

    A mudança causada pelo Pix foi rápida porque ele é um produto. O open banking é uma alteração de ecossistema, vai ser gradual. Agora estamos chegando na fase 4 [que prevê compartilhamento de dados de câmbio, investimentos, previdência e contas]. Só que os receptores desses dados ainda precisam descobrir como lidar com essa informação.

    2. O que a Quanto faz?

    Nossa estratégia foi adiantar um pouco da tecnologia do open banking. Clientes nossos [bancos e varejistas] conseguem acessar dados análogos aos que ainda vão ficar disponíveis pelo open banking. Isso faz com que eles consigam dar mais crédito e sejam mais assertivos [sofram menos inadimplência]. A Quanto também tenta construir fluxos mais simples para o compartilhamento, para descobrir em que momento o usuário fica mais confortável em compartilhar as informações.

    3. O brasileiro não gosta de bancos. Por que compartilharia dados com eles?

    O open banking precisa ser pensado sob o conceito de justiça. Ele não está vindo com a proposta de ajudar todo mundo a todo momento. O que ele faz é igualar o nível de informação.

    Ele ajuda um cliente que é privado de juros mais baixos ou que não consegue crédito porque o escore de crédito é baixo. Pode ser que uma empresa interessada em dar mais crédito ache que não é tão arriscado assim. Nós fizemos pesquisas para entender o consumidor: 65% disseram que topariam compartilhar dados contanto que tivessem algo em troca. E quando o open banking começar a dar resultado, esse número tende a crescer.

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