Tecnologia e análise de dados reduzem custos e melhoram saúde corporativa
A gestão baseada em informações integradas contribui para a prevenção de doenças e fortalece a medicina preditiva, preventiva e humanizada nas empresas
Dos 48,9 milhões de pessoas que utilizam planos de saúde no país1 67,5% fazem parte de planos coletivos empresariais, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja: o mundo corporativo exerce um papel fundamental no bem-estar dos brasileiros.
Paradoxalmente, muitas vezes, a saúde é vista apenas como um custo obrigatório para que as empresas não fiquem em desvantagem diante dos concorrentes. É o que acreditam 34% dos entrevistados para a pesquisa Gestão de Saúde Corporativa, realizada pela Aliança para a Saúde Populacional (Asap) e pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).2 Além disso, para 46% dos respondentes, a companhia na qual trabalham não possui indicadores de acompanhamento.
Resultado? A mesma pesquisa aponta que os gastos com saúde em 36% das empresas entrevistadas estão acima de 16% dos custos totais do RH. E mais: em 59% das organizações, a sinistralidade está acima de 70%.2
Esses dados dão luz a uma realidade ainda presente em muitos locais no Brasil: a fragilidade da gestão de saúde no ambiente corporativo, com poucos processos, nenhuma integração e sem indicadores de resultados – o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) estima que, no país, o desperdício de recursos no setor gira em torno de 28 bilhões de reais.3
“O modelo de negócio desse segmento no Brasil é muito fragmentado, gerando excessos para o setor e para as companhias, além de menos saúde para as pessoas. Ao focarem a doença, e não o cuidado preventivo, preditivo e personalizado, as corporações acabam enfrentando um quadro de maior absenteísmo e menor produtividade”, avalia Rafael Motta, diretor-geral da Dasa Empresas, hub de soluções corporativas da Dasa, maior rede de saúde integrada do país.
Novo olhar para o cuidado nas empresas
Por outro lado, as corporações percebem, cada vez mais, a importância de tratar a gestão de saúde corporativa como um assunto estratégico e integrado, com foco na qualidade de vida e no bem-estar dos colaboradores. Entendem que esse investimento traz aumento do índice de felicidade no trabalho, incremento de produtividade e diminuição do absenteísmo.
A Dasa Empresas contribui para essa mudança de cenário. “Quem entende o valor agregado do cuidado integral dos colaboradores passa a focar a saúde, e não a doença”, descreve Motta. “Começa a atuar de forma integrada, com estratégia baseada em dados que permitem o desenvolvimento de ações preditivas.” O resultado é a redução do desperdício e o estímulo para que os colaboradores sejam mais saudáveis e produtivos.
Mas como colocar em prática essa transformação dentro das instituições? “Com a integração de dados, apoiada em uma estratégia construída em prol dos clientes, com alinhamento de interesses”, responde o diretor-geral. A tecnologia aplicada à gestão de dados permite o uso da inteligência no gerenciamento da saúde corporativa.
Dados integrados
Baseada em analytics, a Dasa Empresas contribui com a área de recursos humanos ao mapear e monitorar o perfil dos colaboradores, antecipando o cuidado, reforçando a importância da prevenção e monitorando a necessidade de acompanhamento contínuo, o que diminui gastos desnecessários e personaliza a jornada. “Todos os anos, mais de 20 milhões de pessoas passam por nossos laboratórios e hospitais. Quando esse volume de informações é integrado a outras bases de informações, sempre de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o nível de assertividade aumenta”, reforça Ricardo Steiman, head de vendas e placement da Dasa Empresas.
A aplicação de estratégias como telemonitoramento, visitas de enfermagem, central de saúde 24 horas, consultas de atenção primária à saúde (APS) presenciais e via telemedicina, desospitalização e atenção domiciliar propicia uma redução considerável no número de internações, frequências em consultas, realização de exames e passagens por pronto-socorro, bem como diminuição de custos financeiros.
Em um levantamento realizado pela Dasa durante a administração da carteira de uma operadora de alto custo, com mais de 36 000 vidas e 90% das pessoas acima de 50 anos de idade, esse impacto foi visível: se comparado o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período do ano anterior, percebe-se redução de 20% na frequência de consultas, diminuição de 35% na utilização do pronto-socorro e queda de 8% na realização de exames e de 25% em internações.
“Queremos contribuir para o mercado conciliar a medicina ocupacional e a assistencial, com foco na atenção primária”, declara Steiman. Para exemplificar: “Quando um exame admissional ou periódico identifica o risco de o colaborador desenvolver uma doença crônica, essa informação deveria ser utilizada para que ele seja estimulado a adotar ações preventivas”. A adoção de ações concretas, apoiadas na coordenação do cuidado, faz parte do ecossistema formado pela Dasa.
Outra vertente de atuação é uma espécie de central de atendimento, voltada para o beneficiário do plano. Em vez de ligar para diferentes laboratórios a fim de realizar um exame, ele entra em contato com um único local, que centraliza o atendimento e distribui a demanda. “Nossa proposta é cuidar de cada indivíduo, de forma integral”, finaliza Rafael Motta.
Referências:
1. Sistema de Informações de Beneficiários-SIB/ANS/MS.
2. ASAP, ABRH. Gestão de Saúde Corporativa. https://www.abrhbrasil.org.br/cms/wp-content/uploads/2021/02/Relatorio-da-Pesquisa-de-Gestao-de-Saude-Corporativa.pdf. Acesso: 17 mai 2022.
3. Instituto de Estudos de Saúde Suplementar.