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Alta de juros e China causam liquida total no mercado

Bolsas, petróleo e minério começam semana em queda. Resultados das big techs, ao longo da semana, são fio de esperança para investidores.

Por Tássia Kastner
25 abr 2022, 08h11
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     (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Bom dia!

    O minério de ferro cai 3%. O petróleo, na casa dos 4%. Na Europa, as bolsas recuam mais de 2%, os futuros americanos vão perdendo 0,70%. Tem ainda o bitcoin, com baixa de 3%.

    O final de semana pode ajudar a desanuviar os pensamentos, mas não faz com que os problemas desapareçam. Na semana passada, Jerome Powell, o presidente do Fed, contratou para a reunião da próxima semana a alta de 0,50 ponto percentual nos juros americanos. E do outro lado do oceano, o Banco Central Europeu finalmente começa a falar em subir juros neste ano para tentar amenizar os efeitos da inflação.

    Juro alto significa menos dinheiro circulando na economia e, por consequência, no mercado financeiro. Investidores passam a ser mais seletivos em suas escolhas, daí o liquida geral que não poupa nem a boa fase que o Brasil viveu no primeiro trimestre do ano.

    E existem os riscos – concretos – de desaceleração da economia global. Um que juro alto existe justamente para isso, é o jeito de jogar balde de água fria na inflação. A outra questão continua sendo a China, e sua política de tolerância zero com Covid. Daí a queda do petróleo e do minério, assombrados pela redução da demanda causada pelos lockdowns no país.

    As big techs são o fio de esperança para estancar a sangria. Microsoft, Google, Meta, Apple, Amazon e  Twitter divulgam seus resultados ao longo da semana. Só que o trauma deixado pela Netflix na última semana tem tudo para azedar a festa.

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    Falando em Twitter, o The Wall Street Journal afirma que Elon Musk continua firme em sua proposta de comprar a rede social – e que a empresa está mais aberta a fechar um acordo também até o final da semana.

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    Humorômetro - dia com tendência de baixa
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Futuros S&P 500: -0,86%

    Futuros Nasdaq: -0,78%

    Futuros Dow: -0,80%

    *às 8h02

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    Europa

    Índice europeu (EuroStoxx 50): -2,24%

    Bolsa de Londres (FTSE 100): -2,17%

    Bolsa de Frankfurt (Dax): -1,63%

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    Bolsa de Paris (CAC): -2,35%

    *às 7h43

     

    Fechamento na Ásia

    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -4,94%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,90%

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    Hong Kong (Hang Seng): -3,73%

     

    Commodities

    Brent*: -3,96%, a US$ 102,43

    Minério de ferro: -2,34%, a US$ 149,70 por tonelada em Cingapura

    *às 7h40

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    Agenda

    Dia de agenda esvaziada. 

    market facts

    Dividendo na conta

    As 50 maiores empresas do país pagaram R$ 280,7 bilhões em dividendos no ano passado, segundo levantamento feito pelo Valor. Trata-se de um crescimento de 179% na comparação com 2020, ano em que a pandemia forçou empresas a reter dinheiro em caixa para atravessar a crise. Em alguns casos, como o dos bancos, quem mandou não pagar dividendo foi o Banco Central, inclusive. Vale e Petrobras foram responsáveis por 60% da bolada que pingou na conta dos investidores. Para 2022, portanto, o cenário fica mais incerto. O petróleo subiu para acima de US$ 100, mas tem tido comportamento volátil, enquanto o minério de ferro dependerá da China.

     

    Vale a pena ler:

    Ricos menos ricos

    A renda dos trabalhadores mais ricos do país caiu 16% desde o começo da pandemia, de acordo com um levantamento feito pela Folha. A fatia 1% mais rica ganhava R$ 32.157 por mês no final de 2019. Dois anos depois, a renda média desse grupo caiu para R$ 26.899. A inflação foi a principal responsável pelo empobrecimento. Ainda assim, eles ganham 80 vezes mais que a camada mais pobre de trabalhadores. Leia a reportagem completa.

     

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