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Balança comercial chinesa decepciona e traz pressão às bolsas globais

Por aqui, a ata da última reunião do Copom, divulgada nesta manhã, reafirmou a importância da meta de déficit fiscal zero. Olhos agora se voltam para a votação da reforma tributária.

Por Jasmine Olga e Sofia Kercher
7 nov 2023, 08h28

Bom dia!

A terça-feira começa com más notícias vindas da China — os números da balança comercial do país decepcionaram, pressionando as bolsas asiáticas durante a madrugada e os índices europeus nesta manhã. Nos EUA, os futuros abrem no vermelho (veja abaixo). 

Ao invés de um superávit de US$ 79,1 bilhões, como o mercado projetava, registraram US$ 56,9 bilhões. Enquanto as importações surpreenderam com uma alta de 3%, contrariando a expectativa de queda de 4,8%, as exportações apresentaram a sexta queda mensal consecutiva, agora de -6,4%, quase o dobro da projeção (-3,3%). 

A decepção com a balança comercial joga mais uma sombra sobre as metas de crescimento de 5% ao ano do dragão chinês. Se a segunda maior economia do mundo realmente confirmar que está em apuros, o mais provável é que o resto do mundo sinta o baque por meio de um efeito cascata — e que haja uma pressão negativa sobre o preço de commodities. 

No Brasil, o noticiário segue sendo monopolizado por Brasília e pela briga em torno da meta fiscal. 

No comunicado da decisão do Copom, divulgado na última quarta-feira, o Banco Central já havia cutucado o governo ao dizer que a manutenção da busca pelo déficit zero é importante para a ancoragem das expectativas de inflação

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Na ata do encontro, divulgada às 8h, o BC reforçou a mensagem e reafirmou “a importância da firme persecução dessas metas” Os olhos do mercado também se voltam para Roberto Campos Neto, que fala em evento no início da manhã. 

Mas o documento é apenas um dos eventos do dia com potencial de mexer com os humores do mercado — hoje tanto a reforma tributária quanto a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024 estão em pauta. 

No caso do orçamento, é pouco provável que os congressistas alterem a meta fiscal por conta própria. Tanto Arthur Lira, chefe da Câmara, quanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acompanham o discurso de Fernando Haddad e pedem que o governo siga perseguindo o déficit zero, por mais que seja difícil chegar ao número na prática. 

A segunda pauta do dia é a sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que irá apreciar a reforma tributária. Depois de algumas semanas de enrosco, o próprio Lula voltou a atuar na linha de frente da articulação política para avançar o texto. 

Ontem, o presidente se reuniu com lideranças partidárias para tentar destravar a pauta e costurar as alterações possíveis para aumentar a base de apoio. O encontro trouxe otimismo, com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmando que não irá dizer quantos votos tem, mas que a casa irá aprovar a reforma. 

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Bons negócios.

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros do S&P 500: -0,21%

Futuros do Nasdaq: -0,18%

Futuros do Dow Jones: -0,19%

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*às 8h10

market facts

ChatGPT ganha mais um rival

A xAI, companhia de Inteligência Artificial de Elon Musk, anunciou ontem o lançamento do Grok nos Estados Unidos – um concorrente do ChatGPT que se alimenta de dados do Twitter. E vai funcionar via Twitter – apenas para usuários do pacote X Premium Plus, de US$ 16 por mês.

“Ele também responderá a perguntas picantes que são rejeitadas pela maioria dos outros sistemas de IA”, disse Musk. “Não o use se você odeia humor!”

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Agenda
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
    • Dia todo: Câmara pode votar relatório preliminar da LDO. CCJ do Senado vota reforma tributária
    • 08h30: Palestra de Roberto Campos Neto em evento da Bradesco Asset
    • 11h20:Fernando Haddad palestra no BIF 2023
    • 15h30, EUA: Janet  Yellen, secretária do Tesouro americano, discursa em evento 

    *Ao longo do dia, vários dirigentes do Fed participam de eventos: Lorie Logan Jeffrey Schmid, Christopher Waller, John Williams e Michael Barr a

    Europa

          • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,24%
          • Londres (FTSE 100): -0,05%
          • Frankfurt (Dax): -0,17%
          • Paris (CAC): -0,38%

          *às 8h10

          Fechamento na Ásia

          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,35%
          • Hong Kong (Hang Seng): -1,65%
          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,34%
          Commodities
          (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
                            • Brent*: -1,94%, a US$ 83,50
                            • Minério de ferro: -0,48%, cotada a US$ 126,77

                            *às 8h11

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                            Brasil, o país do zap

                            Ao menos é isso que disse o presidente do aplicativo, Will Cathcart, em entrevista à Folha de S. Paulo. Apesar de estar atrás da Índia e da Indonésia em número de usuários, o país é o que dispara a maior quantidade de mensagens. No papo, o executivo fala sobre a gratuidade do Whatsapp, a possibilidade da implementação de anúncios e parcerias para combater a propagação de fake news por ali.

                            -

                            Ao longo do dia: Dexco

                            Após o fechamento: Arezzo, Direcional, Iguatemi, Movida, Rede D’Or e Totvs

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