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Banco americano decide comprar o falido Silicon Valley Bank

First Citizens levou o banco símbolo da ameaça de uma nova crise financeira global, que segue à espreita. Semana começa no azul na Europa e nos EUA. Aqui, tudo depende de Brasília.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
27 mar 2023, 08h37
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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O First Citizens, um banco da Carolina do Norte, decidiu comprar o quebrado Silicon Valley Bank, em mais um desdobramento da crise bancária que se instaurou neste mês de março. Com a aquisição, ele salta da 30ª posição para o lugar de 25º maior banco dos Estados Unidos.

O desfecho da história do SVB está longe de ser o “final feliz” da instabilidade do sistema financeiro. O Fed já estuda estender a linha de crédito aberta depois do colapso do SVB para tentar evitar que mais bancos quebrem, num efeito-dominó. Só o fato de que mais dinheiro é preciso já basta para saber que a crise continua. O First Republic, banco que recebeu US$ 30 bilhões em depósitos de concorrentes para permanecer vivo, ainda está sob risco.

Na Europa, as ações do Deutsche Bank sobem 4,58% em uma suave recuperação do tombo da semana passada, mas ajudam o mercado financeiro a começar a semana num clima um pouco mais positivo.

Os índices europeus avançam, mesmo sinal dos futuros das bolsas americanas.

No Brasil, a expectativa é de que o substituto do teto de gastos seja prioridade do governo, agora que Lula adiou a sua visita à China por motivos de saúde. Ainda assim, os problemas em Brasília permanecem. Enquanto há uma queda de braço interna no governo sobre prioridades, Câmara e Senado travam uma guerra de poder, uma disputa capaz de travar qualquer proposta de avanço do país. 

Ainda que a semana tenha começado com ânimos serenos, convém estar preparado para uma virada súbita de humor. Bons negócios.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta

Futuros do S&P 500: 0,69%

Futuros do Dow Jones: 0,65%

Futuros do Nasdaq: 0,44%

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*às 8h23

market facts

Comida pra cachorro 

A divisão de alimentos para animais de estimação da BRF tem pelo menos 14 interessados, de acordo com informações do Broadcast Agro. No início de fevereiro, a empresa anunciou o plano de vender o negócio. A transação pode chegar a R$ 2 bilhões e tem a Nestlé como favorita para a aquisição. 

Em 2021, quando decidiu entrar no mercado pet, a BRF pagou R$ 1,35 bilhão pelo ativo. Agora, ela pretende focar só em seu negócio principal – produção de carne de frango, porco e alimentos processados –, numa tentativa de desafogar o caixa. 

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O mercado interpretou a quantidade de interessados no negócio como positiva, e as ações BRFS3 subiram 11,35% na sexta-feira. É bastante, mas não o suficiente para apagar as perdas do longo prazo: em um ano, as ações da companhia caíram 64,46%. 

Agenda

Ex-executivos da Americanas depõem à Justiça

8h25: Boletim Focus

8h30: BC divulga investimento direto no país 

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): 1,11%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 1,01%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 1,43%

Bolsa de Paris (CAC): 1,23%

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*às 8h27

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,36%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,33%

Hong Kong (Hang Seng): -1,75%

Commodities

Brent: 1,04%, a US$ 75,77

às 8h25

Vale a pena ler:

O mundo menos globalizado

O comércio internacional existe desde o século 15, quando o primeiro ibérico decidiu navegar em seu barquinho para comprar tempero em terras estrangeiras. Seis séculos e algumas revoluções tecnológicas depois, a coisa alcançou proporções gigantescas – e é por isso que, hoje, você consegue comer um Big Mac em qualquer parte do mundo. Mas o período de avanço da globalização pode ter chegado ao fim. Com as sanções à Rússia e a escalada das tensões entre EUA e China, as multinacionais do ocidente estão cada vez menos internacionais. Enquanto isso, os países do primeiro mundo têm se esforçado para levar a produção de itens estratégicos (como chips e energia) para dentro da fronteira. A The Economist conta essa história.  

Escândalos do Credit Suisse 

A desconfiança do mercado em relação à saúde financeira do Credit Suisse vinha se intensificando no último ano, e culminou no quase-colapso do banco suíço no último dia 19 – quando o UBS comprou o concorrente por US$ 3,25 bilhões. Só que os escândalos envolvendo o Credit Suisse já são bem mais antigos que isso. E bota escândalo nisso. Parece um House of Cards do setor privado suíço: corrupção, lavagem de dinheiro, espionagem e evasão fiscal. O Estadão traça uma linha do tempo das crises de imagem do banco desde a crise de 2008.

Temporada de balanços
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Antes da abertura: Bradespar e Boa Safra Sementes

Após o fechamento: Rede D’Or

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