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Bolsas começam a semana andando de lado, à espera de mais balanços de bancos e PIB da China

Futuros do S&P 500 operam próximos ao 0,00%. EWZ, ETF que acompanha o Ibovespa em Nova York, cai 0,92%.

Por Alexandre Versignassi e Camila Barros
17 abr 2023, 08h32
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  • A alta de 5,41% do Ibovespa na semana não configura exatamente um bull market. Foi só uma ricocheteada lá do fundo poço. No ano, o Ibovespa ainda cai 3,4%, versus alta de 7,7% no S&P 500. E o cenário para hoje não é alvissareiro. O ETF EWZ, que segue o Ibovespa e cuja demanda serve de parâmetro para o apetite do investidor gringo em relação ao Brasil, opera em franca queda: -0,92%, ante 0,05% do S&P 500 e -0,04% da Nasdaq.

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    Os índices americanos abrem a semana em compasso de espera, equilibrando o alívio com a perda de força da inflação com o receio de que país entre em recessão. E à espera de mais balanços. 

    Depois de JP Morgan, Citi e Wells Fargo terem apresentado resultados acima das expectativas, os outros três maiores bancos dos EUA mostram seus números nesta semana: Bank of America e Goldman Sachs na terça e Morgan Stanley na quarta. Terça também tem Netflix. Quarta, a sempre aguardada Tesla. E na sexta é dia da Procter, cujo balanço também serve para medir a saúde do varejo americano. 

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    Para hoje, a expectativa maior é com o PIB da China: os números do primeiro trimestre saem na noite de hoje. A previsão, de acordo com a pesquisa da agência de notícias Refinitiv, é para uma alta de 4% em relação ao 1T22.  

    Por aqui, sai nesta manhã o IBC-BR de janeiro. O índice de atividade econômica do Banco Central, divulgado mensalmente, serve como uma prévia do PIB, que só sai de três em três meses. O consenso Refinitiv aponta para uma queda de 0,15%.     

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    Enquanto isso, Lula nada de braçada contra o Ocidente. Depois de mais uma vez imputar culpa à vítima (a Ucrânia) pela invasão perpetrada pela Rússia, recebe nesta segunda o chanceler de Putin, Sergei Lavrov, no Palácio do Planalto. 

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    Num mundo que começa a considerar a redução de laços econômicos com a China, por conta do alinhamento com Moscou, o Brasil passa cada vez mais a ser visto como um aliado de Putin. Ruim para os negócios.  

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    Boa semana.   

    humorômetro: o dia começou sem tendência definida
    (Arte/VOCÊ S/A)

    S&P 500: 0,05%

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    Nasdaq: -0,04%

    Dow Jones:0,06 %

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    *às 7h56

    market facts

    Americanas: um sétimo das vendas

    Parece que a desconfiança em relação à Americanas não está vindo apenas de seus credores. De acordo com um levantamento da startup Magis5, a plataforma online da varejista passou a vender sete vezes menos depois do escândalo contábil vir a público, dia 11 de janeiro. 

    O faturamento do marketplace foi de R$ 180 milhões em fevereiro, contra R$ 1,4 bilhão em novembro de 2022. Além disso, o número de pedidos por dia caiu 35%, e o de vendedores ativos na plataforma, 5,1%. 

    Desde 11 de janeiro, as ações AMER3 caíram 90,83%. No pregão de sexta, elas fecharam cotadas a R$ 1,10 – no dia anterior à crise, a cotação era de R$ 12.

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    Agenda

    8h25: Boletim Focus

    9h: IBC-BR, a prévia do PIB. A previsão é para uma queda de 0,15%

    Europa

    Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,20%

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    Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,38%

    Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,04%

    Bolsa de Paris (CAC): 0,04%

    *às 8h23

    Fechamento na Ásia

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    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,40%

    Hong Kong (Hang Seng): 1,68%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,07%

    Commodities

    Brent: 0,08% a US$ 86,23 o barril

    *às 8h14

    Minério de ferro: -0,06%, a US$ 112,88 a tonelada, na bolsa de Dalian

    *às 7h00

    Vale a pena ler:

    China, a credora do mundo 

    Quase 15% dos países subdesenvolvidos estão superendividados, de acordo com dados do FMI. Ao contrário do que rola com bancos e empresas, o processo de “falência” de governos não tem legislação ou instituições que amorteçam a queda e assegurem o pagamento dos credores. Até há pouco tempo, os financiadores de dívidas públicas eram majoritariamente fundos de investimento privados de países ricos – principalmente dos EUA e Europa. 

    Aí veio a China, que começou uma onda de empréstimos a países pobres. As regras não costumam ser as mesmas estabelecidas pelo Ocidente. Para alguns pesquisadores americanos, o jeito chinês dificulta a liquidação das dívidas, e ameaça deixar alguns países endividados por anos. Para outros, trata-se apenas de uma estratégia geopolítica para expandir a influência de Pequim. O Financial Times conta essa história. 

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