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Bolsonaro e Guedes tentam acalmar mercado e Ibovespa cai “só” 1,34%

Na semana, tombo foi de 7,3%. Dólar acumula alta de 3,2% e custa R$ 5,63.

Por Guilherme Jacques, Tássia Kastner
22 out 2021, 18h19
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  • Tudo é questão de ponto de vista. Os 106.296 pontos de fechamento do Ibovespa, por exemplo, ficam parecendo uma alta depois que o índice afundou a 102.854 pontos no pior momento do dia. Ainda assim, trata-se de uma queda de 1,34%.

    Terminar o dia menos pior exigiu muito esforço. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes surgiram no ministério da Economia em uma entrevista à imprensa cujo objetivo era tentar minimizar o estrago causado pelo colapso do teto de gastos do país em prol de medidas populistas, isso a um ano da próxima eleição presidencial.

    Em parte, deu certo ainda que Guedes tenha reafirmado que manterá tudo aquilo que disseminou o caos na semana: o Bolsa Família turbo ficará fora do teto de gastos, que agora é retrátil – voltará a ser usado em algum momento. Haverá ainda o pagamento de R$ 400 a caminhoneiros, inconformados com a alta nos preços dos combustíveis. Por fim, deixou claro que ficará ao lado de Bolsonaro até o fim, diferentemente da sua equipe, que debanda a cada nova medida fiscalmente irresponsável, a única coisa que serviu de consolo para a Faria Lima. Afinal, se nem Guedes consegue conter a política, o que aconteceria com a economia caso outra pessoa ocupasse o ministério.

    Era justamente esse o medo dos investidores desde ontem à noite, depois da saída de mais integrantes da Economia, entre eles o secretário do Tesouro, Bruno Funchal. Ele será substituído por Esteves Colnago, que já estava no ministério.

    Guedes tem um ponto. Medidas de apoio à população são importantes. “Entendemos que teto é símbolo, mas não deixaremos passarem fome para tirar 10 em fiscal”, afirmou o ministro durante a entrevista. O problema é só elevar gastos sem parar, de auxílio em auxílio, sem cortar outras despesas.

    No início, até que pegou bem, e a bolsa chegou a ir para o positivo apesar de todo o caos e das quedas em Nova York. Não tinha como sustentar, claro. 

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    E o balanço da semana é um filme de terror. O Ibovespa acumulou queda de 7,3% na semana. O dólar até caiu nesta sexta, mas ainda terminou a semana com alta de 3,16%, enquanto os juros futuros seguem escalando o Everest chamado risco fiscal brasileiro.

    Bom descanso. É merecido depois do caos desta semana – e necessário para enfrentar os próximos solavancos do mercado, que a essa altura parecem inevitáveis.

    Maiores altas

    Suzano (SUZB3): 7,32%

    Qualicorp (QUAL3): 2,81%

    Gerdau (GOAU4): 2,08%

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    Bradespar (BRAP4): 1,70%

    Usiminas (USIM5): 1,34%

    Maiores baixas

    Locaweb (LWSA3): -8,89%

    Banco Inter (BIDI4): -6,53%

    Ecorodovias (ECOR3): -6,20%

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    BR Malls (BRML3): -6,02%

    Estácio (YDUQ3): -5,63%

    Ibovespa: -1,34%, a 106.296 pontos

    Nova York

    Dow Jones: 0,21, a 35.677 pontos

    S&P 500: -0,11%, a 4.544 pontos

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    Nasdaq: 0,82%, a 15.090 pontos

    Dólar: -0,71%, a R$ 5,6273

    Petróleo 

    Brent: 1,09%, a US$ 85,53

    WTI: 1,53%, a US$ 83,76

    Minério de ferro: 2,22%, a US$ 119,52 por tonelada no porto de Qingdao, China

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