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Braskem (BRKM5) dispara 20% com proposta de compra da gestora Apollo Global

Já o Ibovespa caiu quase 1% no pré-feriado, graças à deflação menor do que a esperada e ao mau humor nas bolsas americanas.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 11 out 2022, 18h34 - Publicado em 11 out 2022, 18h23
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  • #Feriadou? Não para o Ibovespa, que fechou no vermelho antes da folga. Mas nem todo mundo vai para o descanso no azedume. A Braskem (BRKM5) foi a grande protagonista do pregão desta terça-feira: subiu impressionantes 20,37%, liderando com folga os rankings das maiores altas.

    O motivo está no noticiário: a gestora americana Apollo Global fez uma nova proposta de compra para levar 100% da empresa. A novidade foi divulgada inicialmente pela coluna de Lauro Jardim, do Globo. Segundo a nota, a oferta seria de R$ 50 por ação. Mais tarde, o Valor Econômico confirmou a existência da proposta, com o valor de R$ 47 por ação. Na segunda-feira (10), o papel fechou em R$ 27,89.

    Com o valor de R$ 47 por ação, a petroquímica fica avaliada em R$ 37 bilhões. A proposta ainda está sendo formalizada, segundo o Valor.

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    Não é a primeira vez que a gestora americana quis comprar a Braskem. Em abril deste ano, ofereceu R$ 44,57 por ação, valor considerado baixo demais pela controladora Novonor (ex-Odebrecht) e também pelos bancos credores (Santander, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e BNDES), que detêm ações da empresa como garantia das dívidas da antiga Odebrecht.

    Mais recentemente, o BTG Pacutal e a Unipar também fizeram ofertas para comprar parte da petroquímica, mas ambas não rolaram e nenhum dos dois voltou com novas propostas (até agora).

    A nova proposta foi bem recebida pelo mercado, dado a valorização do papel, e também por analistas, que destacam o prêmio substancial sobre o preço atual da ação. Hoje, em relatórios, o Citi e o Bank of America reiteraram a recomendação de compra da BRKM5.

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    Ibovespa

    Se o noticiário foi generoso com os papéis da Braskem, o contrário aconteceu com o Ibovespa como um todo. A principal novidade do dia foi a a deflação de setembro, que tinha tudo para animar os investidores. Mas o número veio anêmico.

    O IPCA do mês, divulgado hoje pelo IBGE, veio em -0,29%. À primeira vista, pode parecer algo super positivo: afinal, é o terceiro mês seguido de queda no índice. A última vez que o país viu três quedas mensais seguidas foi há 24 anos, em 1998. De julho a setembro deste ano, o Brasil acumula deflação de -1,32%.

    Mas basta uma análise um pouco mais profunda para confirmar o que todo mundo que vai ao mercado sabe: o aumento dos preços está longe de ser um empecilho resolvido no Brasil.

    O primeiro problema está no fato de que a deflação veio, na verdade, menor do que o esperado pelo mercado, que previa uma queda de 0,36%. E o segundo está escondido nos detalhes: a deflação, na verdade, se deve à queda de basicamente um único item – a gasolina. Como o próprio IBGE destacou, se ela fosse retirada dos cálculos, o IPCA de setembro viria, na verdade, em +0,15%.

    O preço da gasolina acumulou queda de 31,54% de julho a setembro, graças às interferências do governo nos últimos meses para diminuir o preço nos postos às vésperas das eleições. Entre as medidas, a principal é o corte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis.

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    A deflação de setembro, então, não reflete o verdadeiro estado da economia como um todo, daí a desanimação da bolsa hoje. O Banco Central, que está na luta contra a inflação há mais de um ano, já deixou claro que pode voltar a subir a Selic (hoje aos 13,75% ao ano) caso o aumento dos preços volte a assombrar.

    Também o humor exterior não ajudou hoje, com as bolsas americanas amargando no vermelho enquanto sofrem com o aumento de juros por lá (que começou bem depois do nosso ciclo, diga-se) e a provável recessão que se desenha no horizonte.

    Com isso, o Ibovespa caiu 0,96%, fechando com 114.827 pontos. Já o dólar disparou 1,57%, a R$ 5,2722.

    Nada animador para um pré-feriado. Bom descanso e até quinta-feira.

     

    Maiores altas

    Braskem (BRKM5): 20,40%

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    Raízen (RAIZ4): 6,62%

    Rumo (RAIL3): 4,22%

    Cielo (CIEL3): 1,76%

    Cosan (CSAN3): 1,69%

    Maiores baixas

    Locaweb (LWSA3): -6,92%

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    Qualicorp (QUAL3): -5,57%

    CVC Brasil (CVCB3): -5,50%

    Hapvida (HAPV3): -4,11%

    JBS (JBSS3): -4,09%

    Ibovespa: -0,96%, aos 114.827 pontos

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    Em Nova York

    Dow Jones: 0,12%, aos 29.238 pontos

    S&P 500: -0,66%, aos 3.588 pontos

    Nasdaq: -1,10%, aos 10.426 pontos

    Dólar: 1,57%, a R$ 5,2722

    Petróleo

    Brent: -1,97%, a US$ 94,29 

    WTI: -1,95%, a US$ 89,35 

    Minério de ferro: 1,94%, a US$ 96,59 por tonelada em Qingdao (China)

     

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