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Em dia de agenda vazia, futuros de NY amanhecem em queda

Mas nada que apague o otimismo de dezembro: no mês, S&P 500 sobe 4,4% e Nasdaq 5,5%. Na China, PBoC decide manter taxas de juros e derruba bolsas.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 20 dez 2023, 17h40 - Publicado em 20 dez 2023, 08h25
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 (Tiago Araújo/Você S/A)
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Bom dia!

Wall Street amanhece em clima de recesso, com a agenda vazia. Nos próximos dias, dois dados encerram o ano por lá: amanhã, leitura final do PIB do terceiro trimestre. Na sexta-feira, PCE (de Personal Consumption Expenditures, índice de inflação preferido do Fed).

Em novembro, a segunda leitura do PIB mostrou crescimento de 5,2% no terceiro tri, contra 4,9% da leitura inicial. Para o PCE, a expectativa é de alta de 3,4% em 12 meses até novembro, com o núcleo (medição que desconsidera preços de alimentos e energia, naus voláteis) a 3,7%

Para acabar com o bom humor natalino do mercado, os dados terão que se esforçar. A revisão do PIB precisaria vir forte demais – mostrando uma economia ainda aquecida –, e a inflação bem mais alta do que o esperado.

Só assim para desafiar a convicção do mercado de que as taxas de juros americanos começarão a cair logo em março de 2024. Segundo dados do CME, 71% dos agentes do mercado financeiro acreditam que o Fed baixará os juros em 0,25 pp (a 5,25%) no terceiro mês do ano.

O otimismo é patrocinado pelo discurso de Jerome Powell depois da última reunião do Fomc (o Copom deles), na quarta passada. O presidente da instituição indicou a expectativa de promover três quedas nos juros ao longo do ano que vem.

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Um presentão de natal para os coletinhos de Wall Street. Hoje, os futuros por lá amanheceram em leve queda (veja abaixo). Mas nada capaz de apagar o brilho do mês até aqui: em dezembro, o S&P 500 já sobe 4,4%; o Nasdaq, em alta em 11 dos 13 pregões do mês, sobe 5,5%.

Sem estímulos
Já o mercado chinês se decepcionou com a última decisão do BC por lá. Pela madrugada, o Banco Central da China (PBoC) decidiu manter suas taxas de juros de referência intactas. LPRs de um ano ficou em 3,45%, e a de cinco anos, em 4,20%.

Foi um daqueles casos disappointed but not surprised. Apesar de já esperada, a decisão joga luz sobre a falta de medidas do governo chinês para estimular o crescimento do país, que tem tido dificuldade de retomar o ritmo pré-pandemia. Na economia, a principal forma de incentivar o consumo é reduzir as taxas de juros.

A inércia desanimou as bolsas. Num dia de bons resultados no resto da Ásia, o índice chinês CSI 300 (que engloba as bolsas de Xangai e Shenzhen) caiu -1,10%. Mas o minério de ferro nem ligou: alta de 1,46% em Dalian.

Bons negócios!

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros S&P 500: -0,15%

Futuros Nasdaq: -0,27%

Futuros Dow Jones: -0,07%

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*às 8h19

Agenda

 9h: BC divulga IBC-Br de outubro 

15h: Lula vai ao Congresso para promulgação da PEC da reforma tributária

Europa

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                      • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,20%
                      • Londres (FTSE 100): 0,58%
                      • Frankfurt (Dax): -0,14%
                      • Paris (CAC): -0,01%

                      *às 8h20

                      Fechamento na Ásia

                          • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -1,10%
                          • Hong Kong (Hang Seng): 0,66%
                          • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,37%

                          Commodities

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                                                              • Brent*: 1,09%, a US$ 80,09
                                                              • Minério de ferro: 1,46%, a US$ 132,43 em Dalian

                                                              *às 8h21

                                                              Vale a pena ler:

                                                              Criptobaratas

                                                              Os últimos dois anos não foram fáceis para as criptomoedas & entusiastas. As taxas de juros altíssimas mundo afora esmagaram o Bitcoin e congêneres para baixas históricas. Não bastasse o contexto macroeconômico, Changpeng Zhao e Sam Bankman-Fried, os fundadores da maior e segunda maior bolsa de criptomoedas do mundo, foram sentenciados por lavagem de dinheiro e fraude, respectivamente, causando uma crise generalizada de confiança no setor — e levando reguladores a tentarem reprimir a ascensão da indústria a todo custo.

                                                              Olhando todos esses fatores, seria improvável que as criptos chegassem vivas em 2024. Mas não só vivas, chegarão prosperando: o BTC subiu para uma máxima de dois anos de quase US$ 45 mil semana passada (de US$ 16,6 mil no início do ano). Esta matéria da Economist tenta explicar a resiliência da indústria, com a chamada “cockroach theory”, ou teoria das baratas. 

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