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Entenda por que o mercado gostou da mudança na meta da inflação

Decisão do CMN ajuda a diminuir expectativa de inflação e reforça corte na Selic a partir de agosto. Veja o que mais move o mercado nesta sexta-feira.

Por Bruno Carbinatto, Júlia Moura
Atualizado em 30 jun 2023, 15h08 - Publicado em 30 jun 2023, 08h08
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  • Bom dia!

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    Antes tão temida, a mudança adotada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) ontem sobre a meta de inflação ontem foi muito bem recebida pelo mercado, e ajudou não só a bolsa subir como as expectativas de inflação cair.

    Isso porque, na prática, mudou-se pouca coisa. A meta da inflação agora não é mais anual e não segue o calendário que acaba em dezembro, mas é algo contínuo. Ou seja: o Banco Central vai sempre considerar a inflação dos 12 meses imediatamente anteriores (e também 12 meses posteriores) em seus cálculos, o que dá uma certa flexibilidade à dinâmica. Explicamos em detalhes aqui.

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    O mais importante: na decisão de ontem, a meta de 2026 foi fixada em 3%, mesmo patamar de 2024 e 2025, e o mais baixo da história. O intervalo de oscilação aceito é de 1,5 ponto percentual (para cima ou para baixo).

    O fato de que o movimento parece indicar que BC e governo estão em paz também agrada o mercado, após meses de ataques que indicavam uma alta tensão institucional. 

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    O resultado disso tudo é que as expectativas de inflação caem. Nisso, investidores ficaram ainda mais otimistas com o início da queda da Selic – agora, é dado como quase certo um corte em agosto.

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    Na agenda doméstica, mais dois eventos marcam a sexta-feira. O primeiro é o fim da desoneração dos combustíveis, que termina hoje. No início do ano, o governo Lula retomou apenas parcialmente a cobrança de impostos federais sobre gasolina e etanol – os tributos haviam sido zerados às vésperas da campanha eleitoral de 2022 pelo então presidente Bolsonaro. Agora, a partir de julho, os impostos voltam a ser cobrados integralmente. 

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    O outro evento é político: o TSE deve decidir hoje se Bolsonaro ficará inelegível. O placar está 3×1 contra o ex-presidente, e a sessão é retomada às 12h.

    Lá fora, investidores estão de olho no PCE, que saí às 9h30. Ele é o índice de inflação preferido do Fed, e por isso é sempre usado para calibrar as apostas dos próximos passos do banco central americano.

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    Por enquanto, investidores parecem otimistas. Veja abaixo.

    Bons negócios.

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    humorômetro: o dia começou com tendência de alta
    (VCSA/Você S/A)

    Futuros S&P 500: 0,40%

    Futuros Nasdaq: 0,50%

    Futuros Dow Jones: 0,30%

    *às 7h58

    market facts
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Efeito Taylor

    A tão esperada passagem de Taylor Swift no Brasil levou as ações da T4F (sigla para Time For Fun) a mais que dobrarem de preço. A empresa é a responsável por comercializar os disputados ingressos para a turnê da cantora americana.

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    Desde quando começaram os boatos que a “The Eras Tour” viria ao país, em maio, os papéis (SHOW3) subiram 113%, indo de R$ 1,36 a R$ 2,87. Por se tratar de uma ação de baixo valor nominal, as variações são mais expressivas em termos percentuais.

    Mas esse movimento todo não é só pela Taylor, claro. Os papéis ganharam força a partir do dia 24 do mês passado, quando a empresa anunciou seu plano de sucessão. O fundador, Fernando Luiz Alterio, vai deixar o cargo de CEO e ocupar a presidência do Conselho. O novo substituto será Serafim Abreu, executivo com passagem por Harvard e pela IBM.

    Agenda
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    9h30/EUA: é divulgado o PCE (índice de gastos com consumo) de maio
    12h/Brasil: TSE retoma julgamento sobre inelegibilidade de Bolsonaro

    Europa
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
    Fechamento na Ásia
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
    Commodities
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    *às 7h47

    Vale a pena ler:
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    203 milhões em ação

    O censo de 2022 surpreendeu ao constatar que o Brasil tem 203,1 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos do que a prévia do IBGE de dezembro apontava e 11 milhões a menos do que o estimado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), também do IBGE.

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    O crescimento populacional abaixo do esperado traz à tona uma antiga preocupação: logo, teremos menos trabalhadores do que o necessário para que o país sustente os dependentes (aposentados e crianças). Em sua coluna na Folha de S.Paulo, Vinicius Torres Freire compara os dados do censo com os de demais países e alerta para a necessidade de uma política de atração de imigrantes no Brasil.

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