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Fed Day: vai uma pausa de juros aí?

Com inflação dentro do esperado, BC americano deve segurar novos aumentos de juros. A novidade mesmo fica por conta da atualização trimestral das projeções econômicas dos seus dirigentes.

Por Júlia Moura, Camila Barros
Atualizado em 14 jun 2023, 08h09 - Publicado em 14 jun 2023, 08h09
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    Tudo indica que hoje é o dia da tão esperada pausa no aperto monetário americano. Com a inflação de maio dentro do esperado, 95% das apostas são que a Selic dos EUA vai ficar em 5,25%, segundo a plataforma CME. Bom, pelo menos até o fim de julho, quando o Fed se reúne novamente.

    Ontem, saiu o CPI de maio, índice de inflação ao consumidor de lá, similar ao nosso IPCA. Em relação a abril, a alta foi de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou a 4%, o menor patamar para o número desde março de 2021. 

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    O núcleo (leitura que exclui alimentos e energia) também veio dentro do previsto: alta mensal de 0,4% e anual de 5,3%, mantendo o ritmo de abril e março.

    Com os preços dando trégua, o Fed também pode se permitir uma pausa depois de subir os juros dos EUA dez vezes seguidas.

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    O mistério fica por conta da famigerada entrevista do presidente do BC, Jerome Powell, após a divulgação da decisão, e da atualização trimestral das projeções econômicas dos dirigentes do Fed. É aí que mora o perigo.

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    Bons negócios!

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    humorômetro: o dia começou sem tendência definida
    (Arte/VOCÊ S/A)

    Futuros S&P 500: 0,18%

    Futuros Nasdaq: 0,19%

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    Futuros Dow: -0,11%

    *às 7h57

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    market facts
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Americanas admite fraude

    Pela primeira vez desde a explosão do escândalo contábil, em janeiro, a Americanas admitiu que houve fraude em seus balanços. Ontem, a companhia divulgou um fato relevante elaborado por assessores jurídicos que acompanham o caso. O documento revelou que a companhia fraudava contratos de “verba de propaganda cooperada”, chamados de VPC. 

    Esta é uma ferramenta comum no varejo. Funciona assim: os fabricantes oferecem descontos em encomendas feitas em larga escala. Em troca, as varejistas colocam o nome dos fabricantes em suas campanhas – daí o “propaganda”. 

    Só que, no caso Americanas, estes descontos não existiam de verdade. Segundo o relatório, os contratos falsos somaram um rombo de R$ 21,7 bilhões. Ainda segundo o documento, o ex-CEO Miguel Gutierrez participava ativamente da fraude, bem como outros ex-diretores e ex-executivos. 

    Depois de colocar o escândalo em pratos limpos, as ações AMER3, que não fazem mais parte do Ibovespa desde janeiro, fecharam em alta de  6,03%, a R$ 1,23. 

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    Agenda
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    9h: vendas no varejo brasileiro em abril (IBGE);

    09h30: inflação do produtor dos EUA em maio (Deptº do Trabalho);

    11h30: estoques de petróleo nos EUA da semana até 09/06 (DoE);

    15h: Fed divulga decisão monetária, seguida por coletiva de imprensa;

    23h: produção industrial da China em maio (NBS).

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    Europa
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,77%

    Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,53%

    Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,55%

    Bolsa de Paris (CAC): 0,83%

    *às 7h54

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    Fechamento na Ásia
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,02%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,47%

    Hong Kong (Hang Seng): -0,58%

    Commodities
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Brent*: 1,56%, a US$ 75,45 o barril

    *às 8h

    Minério de ferro: 1,51%, a US$ 112,39 por tonelada na bolsa de Dalian (China).

    Vale a pena ler:
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Inteligência fluída

    O envelhecimento populacional já vem desafiando os governos ao redor do mundo, que precisam adaptar seus sistemas previdenciários para comportar mais idosos se aposentando e menos jovens pagando a conta. Mas, em um futuro não tão distante, o setor privado também deve sentir o impacto da mudança demográfica. Populações mais velhas inovam menos – e, consequentemente, produzem menos. 

    Tem a ver com o desenvolvimento humano: jovens possuem mais do que os psicólogos chamam de “inteligência fluída”, relacionada à adaptação e criação. Já os mais velhos têm mais “inteligência cristalizada”, formada por um conjunto de experiências construídas ao longo do tempo. Esta reportagem da The Economist apresenta pesquisas que tentam prever o impacto do envelhecimento populacional na produtividade de empresas e países. 

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