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Futuros de NY amanhecem em alta antes de dado de inflação americana

A projeção é de CPI a 3,3% em outubro, contra 3,7% em setembro.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 14 nov 2023, 08h31 - Publicado em 14 nov 2023, 08h28
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    Bom dia!

    Hoje é dia de descobrir qual foi a magnitude da inflação americana em outubro. A projeção do mercado fala em um CPI (Consumer Price Index, o IPCA dos EUA) de 3,3% na base anual – contra 3,7% em setembro. Caso o cenário se realize, esta será a primeira desaceleração do índice desde junho. 

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    Para o núcleo do CPI, que exclui preços de comida e energia (mais voláteis), a previsão é de manutenção dos 4,1% de setembro. Os valores definitivos serão divulgados às 10h30. 

    Como sempre, o relatório é peça-chave no quebra-cabeça da política monetária americana. Caso venha em linha com as expectativas, ele pode injetar uma dose de otimismo no mercado – já que indicará que a inflação no país tem atenuado e caminhado em direção à meta. 

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    Isso ajudaria a narrativa de que o período de aperto monetário por lá está perto de um fim. Por ora, 85,7% dos agentes de mercado acreditam na manutenção da taxa de juros em 5,50% na próxima reunião do Fed – a última do ano. Só que ainda tem muita água pra passar debaixo dessa ponte: o próximo encontro da instituição rola só daqui 29 dias. 

    Até lá, o pessoal de Wall Street deve continuar se atentando aos direcionamentos de membros do Fomc. Hoje, após a divulgação do CPI, três integrantes do Fed darão pronunciamentos: Michael Barr (às 12h), Loretta Mester (13h) e Austan Goolsbee (14h45). 

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    Nas últimas semanas, falas dos dirigentes abateram as bolsas em NY. Powell e seus colegas disseram que é cedo demais para cravar que a inflação está controlada, e que a possibilidade de novas altas nos juros ainda está na mesa. 

    Os futuros de NY começam o dia otimistas (veja abaixo). O mesmo vale para o EWZ, ETF da bolsa brasileira nos EUA: alta de 0,43% no pré-mercado. 

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    Por aqui, continua no radar o entrave da meta fiscal. Ontem, o deputado federal petista Lindbergh Farias apresentou duas propostas de emenda à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que mudam a meta de déficit fiscal para 0,75% e 1% do PIB. 

    O movimento não fez muito barulho, já que foi considerado irrealista. Nos últimos dias, o mercado tem se agarrado a falas de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco demonstrando apoio à Haddad (que defende o déficit zero em 2024). Na semana passada, a ata do Copom também ressaltou a importância de se perseguir a meta fiscal. Ainda assim, quaisquer movimentos dos apoiadores de Lula devem continuar ligando o alerta vermelho do mercado – e fazendo preço nos juros futuros

    Em tempo: enquanto a gente se prepara para o feriado de quarta-feira, a China divulga hoje à noite indicadores de produção industrial, vendas no varejo e desemprego. Amanhã também tem vendas no varejo nos EUA. Na quinta, então, o Ibovespa deve reagir tardiamente a todos eles. 

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    Bons negócios.

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    humorômetro: o dia começou com tendência de alta

    Futuros do S&P 500: 0,18%

    Futuros do Nasdaq: 0,26%

    Futuros do Dow Jones: 0,13%

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    *às 8h10

    market facts

    ExxonMobil entra no mercado de lítio

    A petroleira disse nesta segunda-feira (13) que começou a minerar lítio nos EUA – no estado do  Arkansas. O metal é a base das baterias dos carros elétricos. 

    A ideia da Exxon é que, até 2030, ela produza lítio suficiente para suprir as necessidades de mais de um milhão de veículos elétricos por ano.

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    Uma amostra de que mesmo as petroleiras não têm como apostar todas as suas fichas no petróleo para as próximas décadas. E uma evolução bem-vinda. Na prática, é dinheiro do petróleo financiando parte da transição energética. Na veia.  

    Agenda

    10h30, EUA: divulgação do CPI de outubro 

    23h00, China: dado de produção industrial de outubro

    Europa

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    *às 8h15

    Fechamento na Ásia

    Commodities

    *às 8h17

    Vale a pena ler:

    Um raio-X do topo da pirâmide

    O 1% mais rico do Brasil, formado por 1,5 milhão de pessoas, controla quase 25% da renda total do país. Esse grupo é formado a partir das pessoas que ganham acima de R$ 28 mil. 

    O detalhe é que, dentro do 1%, a desigualdade também mostra suas garras: o 0,1% mais rico tira, em média, R$ 300 mil por mês.  

    Esta reportagem da VCSA mostra as disparidades do topo da pirâmide, que acaba escondida em grandes grupos como “classe A”.

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    Antes da abertura: Azul

    Após o fechamento: Marisa e Nubank

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