Bom dia!
Investidores terão trabalho nesta sexta-feira para processar a pancada de tantos balanços da noite de ontem. Do Brasil, Petrobras e Bradesco. Nos EUA, Apple e Amazon foram os mais importantes.
Comecemos pelas nossas. A Petro (PETR4 e PETR3) registrou um lucro 47% menor no segundo trimestre, em comparação com igual período de 2022. Foi consequência esperada da queda nas cotações do petróleo.
Há um ano, o Brent era negociado acima de US$ 100 o barril. Atualmente ele sai por US$ 85, uma mudança que teve impacto nos resultados de todas as petroleiras do mundo.
Quem tombou mesmo foram os dividendos. A companhia anunciou que vai distribuir R$ 14,9 bilhões aos acionistas, referente aos lucros do 2TRI. Dá um tombo de mais de 80% em relação aos R$ 87,8 bilhões do 2TRI2022. Mas era o esperado, já que a companhia anunciou uma mudança em sua política de remuneração a acionistas.
Por sinal, ela também já lançou um programa de recompra de ações, a grande mudança no programa.
No pré-mercado em Nova York, os recibos das ações engatinham 0,14%.
Bradesco
Segundo maior banco privado do país, o Bradesco (BBDC4) foi um dos mais afetados pela inadimplência e pela brusca subida de juros entre 2021 e 2022. Ontem, após o fechamento do mercado, o banco registrou a primeira melhora nos resultados em trimestres.
O lucro ficou em R$ 4,5 bilhões no 2TRI, uma melhora de 5,6% e comparação com o 1TRI. Na base anual, ainda há uma queda de 35,8%. Mas a entrega foi melhor que a encomenda: analistas esperavam R$ 4,38 bi em lucro.
O problema, na verdade, é outro. O reajuste de rota do Bradesco envolveu fechar a torneira de crédito, para estancar a inadimplência. A consequência é que agora o banco espera fechar 2023 com uma alta entre 1% e 5% na sua carteira de crédito, bem abaixo da banda anterior, de 6,5% a 9,5%. E isso também mina o potencial de lucro da instituição.
Os papéis em Nova York amanheceram em queda de 0,29%.
Já as big tech gringas tiveram resultados opostos. A Apple anunciou que alcançou a marca de 1 bilhão de pessoas que pagam por algum de seus serviços, como Cloud, Apple Music, TV etc… A marca batida ajudou a levantar o lucro da companhia, ainda que as receitas continuem em leve queda. Por outro lado, a Amazon conseguiu turbinar seu negócio de serviços na nuvem, expandiu receitas em 11% e animou investidores.
Nesta manhã, Apple cai 2% no pré-mercado, e analistas calculam que a maçã perderá a mítica marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado quando a bolsa abrir.
Por outro lado, a Amazon dispara 8,91% e ajuda a manter S&P 500 e Nasdaq no positivo nesta manhã.
Futuros S&P 500: 0,21%
Futuros Nasdaq: 0,04%
Futuros Dow Jones: 0,33%
*às 8h03
Vale (VALE3) assina acordo de R$ 40 milhões com Ministério Público
A mineradora e o Ministério Público de Minas Gerais assinaram um termo de compromisso ambiental na quarta-feira (2). O acordo prevê medidas para reparar danos em áreas danificadas pela Vale em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.
A mineradora se comprometeu a pagar R$ 40 milhões, que serão usados em projetos ambientais. Uma série de outros compromissos foram estabelecidos — além de uma multa diária de R$ 10 mil para o descumprimento de qualquer um deles.
Essa não é a primeira vez que o MPMG e a companhia precisam assinar um acordo por prejuízos ambientais. Em dezembro de 2022, a Vale pagou R$ 500 milhões para reparação de danos causados por problemas em uma barragem também em Nova Lima.
Áustria: Reunião ministerial da Opep+
09h30: EUA divulgam payroll, relatório mensal de empregos (payroll), referente a julho
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,34%
- Londres (FTSE 100): -0,09%
- Frankfurt (Dax): -0,12%
- Paris (CAC): 0,40%
*às 8h02
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,39%
- Hong Kong (Hang Seng): 0,61%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,10%
- Brent: 0,58%, a US$ 85,63
- Minério de ferro: -0,30% a US$ 113,82 por tonelada na bolsa de Dalian
*às 8h02
Nem as estrelas escapam de Musk
Se as notícias sobre Elon Musk já te desgastaram, desligar o computador e sair um pouco de casa pode não ser uma boa alternativa para fugir. Isso porque, dos 8,2 mil satélites ativos orbitando a terra, 4,5 mil são da Starlink, empresa do bilionário. A constelação serve para dar acesso à internet em qualquer ponto do planeta. Na Ucrânia, dilacerada, quase toda conexão se dá só por ela.
O problema: Elon pode desligar o acesso de qualquer lugar, quando quiser. E já fez isso em certas regiões da Ucrânia. Poder demais nas mãos de uma pessoa só? Sem dúvida. E isso tem preocupado autoridades mundo afora. Leia nesta reportagem do New York Times.