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Inflação no Brasil e nos EUA monopoliza atenção de investidores

Na quinta, CMN pode elevar a meta brasileira. Nos EUA, receio é de que preços voltem a subir.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
13 fev 2023, 08h22
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  • Bom dia!

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    Como se 2022 ainda não tivesse terminado, o assunto desta semana pré-carnaval é um só: inflação. Por aqui, investidores querem saber a agenda da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O colegiado formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se reúne na quinta-feira.

    Depois de uma semana de pressão do presidente Lula e de integrantes do PT, há a expectativa de que a meta seja elevada. O alvo para o IPCA deste ano é de 3,25%. Para 2024, 3%. Ambas, nas condições atuais de temperatura e pressão, são inexequíveis – a não ser que a economia brasileira morra de inanição.

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    Nos EUA, a ansiedade se encerra antes, com a divulgação do CPI (o IPCA deles) já nesta terça-feira. O problema, porém, é que economistas começam a ver a possibilidade de um repique nos preços, após meses de baixa. Inflação resiliente é sinônimo, afinal, de juros mais altos por lá – e de bolsas para baixo. 

    Por enquanto, nada que esteja assustando (muito) os investidores. Os futuros do S&P 500 vão tentando se firmar no positivo nesta manhã, o mesmo sinal do Nasdaq. Isso enquanto o Dow Jones caminha no negativo.

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    Aqui, uma consequência da baixa nos preços do petróleo. Na semana passada, o barril disparou com a notícia de que a Rússia quer cortar a sua produção para retaliar o ocidente, ainda na disputa por causa da Guerra na Ucrânia. Hoje, no entanto, os preços vão se reacomodando.

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    Sinal negativo para o Ibovespa, que depende da commodity para subir com convicção. Tudo indica que será uma longa semana à espera do feriadão. Bons negócios.

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    humorômetro: o dia começou com tendência de alta
    (VCSA/Você S/A)

    Futuros do S&P 500: 0,08%

    Futuros do Dow Jones: -0,07%

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    Futuros do Nasdaq: 0,39%

    *às 8h15

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    market facts
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Comemoração precoce 

    A inflação dos EUA alcançou o pico em junho de 2022, a 9,1%. Desde então, ela vem caindo e fechou dezembro em 6,5%. Nessa, os investidores se animaram com a possibilidade de o Fed encerrar o ciclo de aperto monetário em breve – afinal, com a inflação sob controle, não tem porque deixar os juros nas alturas.

    Em uma entrevista à Bloomberg, o ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers alertou que os agentes do mercado norte-americano estão cantando vitória contra a inflação cedo demais: “mesmo depois das reduções que vimos, a inflação hoje está em níveis que seriam inimagináveis há 2 anos. (…) Ainda não temos tudo sob controle”.

    Além disso, ele afirma que fatores que colaboraram para a queda da inflação nos últimos meses podem se reverter. Prova disso é que, por lá, o preço de carros usados e gasolina tem voltado a subir. 

    Agenda

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    8h25:  Boletim Focus

    10h: Roberto Campos Neto se reúne com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, e os presidentes dos três maiores bancos privados do País, Octavio de Lazari (Bradesco), Milton Maluhy (Itaú) e Mario Leão (Santander)

    22h: Roberto Campos Neto participa do Roda Viva

    Europa
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,49%

    Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,31%

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    Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,26%

    Bolsa de Paris (CAC): 0,61%

    *às 8h15

    Fechamento na Ásia
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,91%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,88%

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    Hong Kong (Hang Seng): -0,12%

    Commodities
    (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

    Brent*: -0,91%, a US$ 85,60

    Minério de ferro: -2,21%, a US$ 123,24 por tonelada na bolsa de Dalian

    *às 8h14

    Vale a pena ler:

    Hannah Montana de Wall Street 

    David Solomon, o CEO do Goldman Sachs, vive uma vida dupla no estilo Hannah Montana. Em horário comercial, ele lidera o maior banco de investimentos dos Estados Unidos – tarefa espinhosa, já que a instituição tem tido problemas com seu desempenho e divulgou uma perda de quase US$ 3 bilhões. Mas Solomon consegue conciliar essa tarefa com sua persona artística: como DJ, ele acumula 500 mil ouvintes mensais no Spotify e já até performou no festival Lollapalooza dos EUA. Esta reportagem do NYT conta como as barreiras entre o Solomon-CEO e o Solomon-DJ são tênues – e por que isso pode ser um problema para o Goldman Sachs.

    A hora certa de realizar o prejuízo

    Não é preciso um escândalo como o da Americanas para um investimento em ações dar errado. Às vezes a economia muda ou um competidor novo aparece para bagunçar o coreto. Nesta reportagem da Você S/A, veja quando pode ser a hora de desistir e partir para a próxima.

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    Antes da abertura: BTG Pactual

    Após o fechamento: Banco do Brasil, Jalles Machado e São Martinho

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