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Investidores estão entediados com a guerra na Ucrânia. Por quê?

Bolsas começam a semana em alta, ignoram o primeiro calote da Rússia desde 1918 e novas sanções ao país. O alvo agora é o ouro – além do petróleo.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
27 jun 2022, 07h40
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  • Quatro meses após invadir a Ucrânia, a Rússia deu seu primeiro calote em dívida emitida em moeda estrangeira. Isso não acontecia desde 1918, o período marcado pelo início da Revolução Russa. Em 1998, a Rússia declarou moratória da dívida externa, um default do tipo “devo, não nego. Pago quando puder”.

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    O prazo final para o pagamento de US$ 100 milhões em juros venceu no domingo, isso após 30 dias de período de graça, e o país de Vladimir Putin não honrou o pagamento.

    Era esperado, dado que a Rússia está fora do sistema de pagamentos internacionais (o Swift) e com restrições para receber moeda estrangeira. O país tem exigido que as compras de petróleo e outros produtos russos, que continuam com aliados como Índia, China e Turquia, sejam feitas em rublos, e não em dólares como é o padrão no comércio internacional.

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    Neste final de semana, o G7 (clube dos países ricos) decidiu dar mais um aperto nas restrições a Putin, negociando um embargo à compra de ouro do país. Na semana passada, a imprensa internacional noticiou que a Suíça havia retomado as compras. A medida é considerada tão simbólica quanto o default, e a commodity avança 0,53%.

    Outra medida é impor limites de preço ao petróleo russo – mas o mercado também fez a fina e sobe modestos 0,34% nesta manhã. O plano é continuar drenando a economia russa numa tentativa de sufocar a guerra – e responder aos embargos que o próprio Putin tem imposto ao resto do mundo. A Rússia está fechando a torneira do gasoduto que abastece a Alemanha, e coloca o país sob risco de desabastecimento no inverno, período de demanda por aquecimento nas casas.

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    Putin respondeu do jeito que sabe: promoveu um novo ataque a Kiev enquanto o G7 se reunia, no domingo.

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    E as bolsas com isso? Nem piscaram. Na Ásia, os principais índices ganharam um ânimo com a possível retirada de restrições na China, à medida que os casos arrefecem. Na Europa, as bolsas avançam como se os reflexos da guerra não existissem no continente. Nos EUA, o mercado futuro aponta para uma abertura em alta.

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     E assim a vida segue. Boa semana.

     

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    humorômetro: o dia começou com tendência de alta
    (VCSA/Você S/A)

    Futuros S&P 500: 0,43%

    Futuros Nasdaq: 0,61%

    Futuros Dow: 0,28%

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    *7h33

     

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    Europa

    Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,72%

    Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,58%

    Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,84%

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    Bolsa de Paris (CAC): 0,10%

    *às 7h31

     

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    Fechamento na Ásia

    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 1,13%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,43%

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    Hong Kong (Hang Seng): 2,35%

     

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    Commodities

    Brent*: 0,34%, a US$ 113,50

    Minério de ferro: 5,12%, a US$ 120,20 por tonelada em Singapura

    *às 7h30

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    Agenda

    11h Conselho de administração da Petrobras deve aprovar Caio Paes de Andrade no cargo de CEO da companhia

     

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    market facts

    Carro elétrico mais caro

    O Tesla modelo Y SUV já ficou 9% mais caro neste ano, e sai pela bagatela de US$ 69,9 mil. A GM passou a vender um de seus veículos elétricos a US$ 105 mil. O aumento de preços é uma reação das montadoras a custos maiores e também à maior demanda pelos carros movidos à eletricidade. Segundo reportagem do The Wall Street Journal, os preços dos carros com a nova tecnologia subiram 22% no ano, contra 14% dos modelos à combustão.

    Na semana passada, Elon Musk afirmou que suas fábricas haviam virado uma fonte de queimar dinheiro. No ano, as ações da Tesla caem 39%, resultado da combinação de aumento de custos para a empresa e do aumento de juros nos EUA, que deixa investidores mais cautelosos com companhias em fase de crescimento.

     

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    Vale a pena ler:

    Primeiros passos

    Começar a investir durante um bear market não é a decisão mais óbvia a se fazer. No entanto, Jeff Sommer argumenta que começar agora traz uma vantagem: ajuda a focar no longo prazo, que é o que realmente importa. Neste texto para o The New York Times, o colunista dá 3 dicas de ouro pros recém chegados ao mercado financeiro:

    1. Antes de investir, pague as contas e economize para emergências
    2. Compre ações ou títulos usando fundos de índice baratos que abrangem todo o mercado
    3. Invista pensando em no mínimo 10 anos pra frente
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