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IPCA e balanços da PETR4 e BBDC4 pautam Ibovespa nesta sexta-feira

A petroleira anunciou distribuição de dividendos, enquanto o bancão sofre com aumento da inadimplência. Entenda.

Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
Atualizado em 10 nov 2023, 08h35 - Publicado em 10 nov 2023, 08h34
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    Os futuros americanos amanhecem confusos nesta sexta-feira após o baque de ontem, quando Jerome Powell podou o otimismo do mercado. O presidente do Fed fez um discurso hawkish, deixando claro que os juros podem sim voltar a subir nos EUA caso a inflação se mostre um inimigo mais teimoso do que o previsto. Bolsas europeias também amargam no vermelho com isso. Hoje, mais dois dirigentes do Fed falam ao longo do dia e podem trazer mais pistas à essa história.

    Mas é a agenda doméstica que predomina hoje na pauta do Ibovespa. Às 9h sai o IPCA, a nossa própria inflação, e a expectativa é de uma alta de 0,29% em outubro. Na métrica de 12 meses, o índice de preços deve desacelerar, de 5,19% para 4,87%.

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    Além dele, o mercado deve repercutir dois importantes balanços divulgados ontem. Um deles é o da Petrobras (PETR4), cujo lucro caiu 42% em um ano, para R$ 27 bi. A receita caiu 26% e o Ebitda, 27%.

    A petroleira também anunciou que vai distribuir R$ 17,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), R$ 1,34 por ação, o que aqueceu o papel. Em Nova York, a ADR da Petrobras subiu 0,66% no after hours, à luz dos resultados.

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    Já o Bradesco (BBDC4) foi para o caminho inverso. O papel negociado nos EUA caiu 3,22% no after hours depois da divulgação do balanço, e não é à toa. O lucro do bancão caiu 11,5%, e essa nem foi a pior notícia. A inadimplência, velha inimiga da empresa, voltou a pesar – fechou setembro em 6,1%, um aumento em relação aos 5,9% de junho e impressionantes 2,2 pontos acima do registrado um ano antes (3,9%).

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    A carteira de crédito ficou R$ 877,5 bilhões, uma alta de 1% em relação a junho, mas queda de 0,1% em relação a setembro do ano passado – e um resultado aquém do previsto por analistas.

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    Além desses dois gigantes, a bolsa repercute vários balanços divulgados ontem, como IRB, Qualicorp, Sabesb, Renner e Light.

    Outro destaque do dia fica para o minério de ferro, com forte alta na China: 2,56%, a US$ 131,85/tonelada.

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    Bons negócios.

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    humorômetro: o dia começou sem tendência definida
    (Arte/VOCÊ S/A)

    Futuros do S&P 500: -0,07%

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    Futuros do Nasdaq: -0,24%

    Futuros do Dow Jones: 0,08%

    *às 8h25

    market facts

    Braskem pode desembolsar até R$ 14,6 bilhões por danos ambientais

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    O vice-presidente de finanças da companhia, Pedro Freitas, afirmou nesta quinta-feira (9) que a Braskem gastou R$ 9 bilhões com atividades relacionadas a reparar os danos causados por afundamentos de solo em Maceió (AL), e que deixou R$ 5,6 bilhões em stand-by caso necessário.

    Por décadas, a petroquímica explorou jazidas de sal-gema de forma inadequada no município. A matéria-prima é utilizada na composição de produtos farmacêuticos, nas indústrias de papel, celulose e vidro, e em produtos como sabão, detergente e pasta de dente.

    De 2018 para cá, a capital alagoana começou a apresentar sinais de afundamento de solo, que abre rachaduras em ruas, prédios e casas. No total, 55 mil pessoas tiveram que sair de suas residências, e 14 mil imóveis foram afetados. 

    Na véspera, a BRKM5 subiu 15% após a Adnoc, petrolífera estatal dos Emirados Árabes, ter feito uma oferta de R$ 10,5 bilhões por 35,3% das ações da companhia. 

    Agenda

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    9h IBGE divulga IPCA

    Europa

    *às 8h27

    Fechamento na Ásia

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    *às 8h14

    Vale a pena ler:

    7 Ações e Um Índice

    O S&P 500 você já conhece. As estrelas do índice também: Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla. Todas já ultrapassaram US$ 1 trilhão em valor de mercado e, somadas, têm um peso de 29% no índice. 

    A questão é: as outras 98,6% não têm a mesma trajetória trilionária — consequentemente, podem dar um recorte mais honesto de como anda o mercado acionário norte-americano. Veja mais nesta reportagem da Economist.

    -

    Brasil, após o fechamento: M.Dias Branco

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