Novembro terminou com chave de ouro para o Ibovespa — alta de 12,54%, aos 127.331 pontos. No ano, os ganhos são de 16,04%.
O bom resultado anima os investidores e faz crescer as expectativas por um eventual rali de fim de ano. Nesta manhã, de qualquer forma, os índices futuros dos EUA operam mistos (veja abaixo).
O mês começa com os holofotes em Jerome Powell e Roberto Campos Netto. Nos EUA, o presidente do Fed, fala em dois eventos públicos (às 13h e 16h). No Brasil, o chefe do Banco Central participa de encontro da Febraban.
A expectativa é a mesma nesses dois universos paralelos: a confirmação das projeções mais otimistas do mercado para a política monetária, justamente o que deu fôlego para o rali de novembro – foi o melhor mês por aqui desde novembro de 2022; lá fora, com alta de 8,9%, o S&P 500 teve sua melhor marca mensal desde julho de 2022.
Por aqui, a busca é por sinais de que a Selic possa cair em um ritmo mais rápido do que os 0,5 pontos percentuais já contratados pelo BC para as próximas reuniões.
Fôlego extra
O Ibovespa pode contar com a ajuda do minério de ferro para começar dezembro com o pé direito.
Durante a madrugada, a atividade industrial chinesa (medida pelo PMI) voltou a crescer e ficou bem acima da projeção de 49,8 — indo de 49,5 em outubro para 50,7 em novembro. O indicador é um termômetro para o crescimento de um país e um número maior do que 50 indica expansão.
Os principais índices asiáticos fecharam o dia em queda, mas o dado deu fôlego para o minério de ferro.
Na bolsa de Dalian, o valor da tonelada fechou o dia em alta de 1,99%, a US$ 137,71. Em Londres, diversas mineradoras disparam: Anglo American sobe 7%, enquanto a Rio Tinto e a BHP avançam 3,9% e 3%, respectivamente
Se a Vale (VALE3) acompanhar o desempenho das suas principais concorrentes globais, a tendência é de que a mineradora seja a âncora um dia de alta para o Ibovespa —- sozinha, a companhia representa 14,8% do índice.
Futuros S&P 500: -0,03%
Futuros Nasdaq: -0,17%
Futuros Dow Jones: 0,12%
*às 8h56
Klabin divulga estimativas de investimentos
A Klabin pretende investir R$ 9 bilhões em sua operação nos próximos anos — metade em 2023 e outra metade em 2024. O anúncio foi dado nesta quinta-feira (30), em encontro com investidores.
Segundo a empresa, a maior parte da grana será destinada à “continuidade operacional”, que é basicamente a capacidade de manter equipamentos e sistemas funcionando normalmente mesmo diante de um apocalipse.
Mas o destaque vai para a unidade Puma II, no Paraná, o maior investimento da história da Klabin. A planta industrial recebeu quase R$ 13 bi entre 2019 e 2023, e marca a estreia da empresa no mercado de papel-cartão branco. Segundo o anúncio, serão mais R$ 1,5 bi de investimentos esse ano, e R$ 300 milhões ano que vem.
9h: IBGE divulga a produção industrial de outubro
11h45/EUA: S&P Global divulga PMI industrial de novembro
12h/EUA: ISM divulga PMI industrial de novembro
12h: Roberto Campos Neto participa de talk show da Febraban
13h/EUA: Jerome Powell discursa em evento
16h: Jerome Powell e Lisa Cook participam de conversa pública
Índice europeu (Euro Stoxx 50): 0,70%
Londres (FTSE 100): 0,54%
Frankfurt (Dax): 0,74%
Paris (CAC): 0,44%
*às 8h40
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,38%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,25%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,17%
- Brent*: 0,17%, a US$ 81 por barril
- Minério de ferro: 1,99%, cotado a US$ 137,71 por tonelada na bolsa de Dalian
*às 8h40
Lições de Charlie Munger
Talvez o papel mais difícil de se desempenhar no mundo corporativo seja o de Número 2. Charlie Munger, vice-presidente da Berkshire Hathaway e braço direito de Warren Buffett, entendeu isso como ninguém. Esta reportagem do Wall Street Journal mostra as lições que o empresário, que morreu esta semana aos 99 anos, deixa para quem quer ter sucesso como Robin.
