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Nasdaq cai 3%. Pessimismo tech tem data pra acabar?

Índice que reúne ações de tecnologia já despencou quase 30% no ano. Saiba o que está em jogo para as big techs.

Por Bruno Carbinatto
28 jun 2022, 18h00
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  • Big techs, nem tão big assim?

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    O índice Nasdaq, que reúne as principais ações do setor de tecnologia nos EUA, fechou hoje em queda de 2,98%, aos 11.181 pontos. No ano, a queda acumulada é de quase 30% – um verdadeiro banho de sangue.

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    As chamadas big techs, com enorme peso no índice, foram os grandes destaques negativos nesta terça-feira. Papéis da Amazon, Meta (ex-Facebook) e Tesla caíram 5%; a Alphabet (do Google) perdeu quase 4% e a Apple, maior empresa do mundo em valor de mercado, tombou 3%.

    Para ser justo, a culpa não é só delas. O dia foi de perdas generalizadas nas bolsas americanas, e o S&P 500, maior e mais importante índice acionário dos EUA, fechou em queda de 2%; ontem, tanto ele como o Nasdaq já tinham fechado no vermelho. Mas, de qualquer forma, as ações techs são as mais sensíveis ao combo de inflação alta + juros subindo que os EUA (e o mundo) vivem. 

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    O que rolou de novo para justificar a queda de hoje? Nada muito grande, na verdade. Como o mercado vive tempo sombrios ultimamente, qualquer pequena notícia já é o suficiente para causar um caos nas bolsas. A queda de hoje, por exemplo, foi atribuída ao índice de confiança do consumidor de junho, divulgado pela Conference Board. O número caiu de 103,2 para 98,7, o seu menor patamar em 16 meses. E confirma o que todo mundo já sabe: ninguém está muito otimista sobre os próximos passos da economia mundial.

    O medo da recessão bater à porta em breve, então, ajudou na sangria das bolsas hoje. Os investidores agora aguardam os dados de peso na semana: amanhã sai o PIB dos EUA, e, na quinta, o PCE, um dos principais índices que meda a inflação em terras americanas.

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    Por aqui, o Ibovespa até que tentou, mas não resistiu ao pessimismo dos colegas ao norte. A queda, porém, foi mais um tropeço do que um tombo: -0,17%. Agradeça às commodities: pelo segundo dia seguido, Petrobras e Vale, as duas toda-poderosas do Ibov, fecharam em altas significativas. O petróleo teve alta de 2,5% hoje, enquanto preço do minério de ferro saltou 3,8%.

    Nisso, as ações da Vale subiram 1,79%; a mineradora corresponde, sozinha, a 15% do Ibovespa. Já PETR3 subiu 1,46%, e PETR4, 1,25% – juntos, os papéis somam 10% do índice. 

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    A fonte de otimismo para as ações ligadas às commodities vem da China. Por lá, o país continua sua jornada de aliviar as medidas de restrição contra a pandemia, o que impacta na demanda de minério de ferro, petróleo e afins. Depois de anunciar a volta às aulas presenciais no fim de semana, Pequim hoje cortou pela metade o número de dias exigido de quem chega no país deve ficar em isolamento. Parece pouco, mas, para os padrões rigorosos da China na pandemia, significa um alívio e tanto.

    Mesmo assim, o pessimismo tech americano ganhou no cabo de guerra do otimismo de commodities chinês. A ver onde essa batalha nos leva.

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    Maiores altas

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    Pão de Açúcar (PCAR3): 2,86%

    BB Seguridade (BBSE3): 2,13%

    Vale (VALE3): 1,79%

    Vibra (VBBR3): 1,56%

    Braskem (BRKM5): 1,54%

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    Maiores baixas

    Hapvida (HAPV3): -5,78%

    Via (VIIA3): -5,45%

    Positivo (POSI3): -5,38%

    CVC Brasil (CVCB3): -5,06%

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    EcoRodovias (ECOR3): -4,80%

    Ibovespa: -0,17% aos 100.591 pontos

    Em Nova York

    Dow Jones: -1,56%, aos 30.947 pontos

    S&P 500: -2,01%, aos 3.821 pontos

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    Nasdaq: -2,98%, aos 11.181 pontos

    Dólar: -0,60%, a R$ 5,2660

    Petróleo

    Brent: 2,54%, a US$ 113,80

    WTI: 2%, a US$ 111,76

    Minério de ferro: 3,80%, cotado a US$ 124,82 a tonelada em Qingdao (China)

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