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O fim da incorporadora Evergrande após uma longa agonia

Minério de ferro sobe apesar de novo marco na crise imobiliária chinesa, e pode fazer Ibov começar a semana no azul. Em Nova York, futuros não têm direção clara nesta segunda.

Por Tássia Kastner
29 jan 2024, 07h44
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 (Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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Bom dia!

Num marco simbólico da crise chinesa, a Justiça de Hong Kong decretou a liquidação da incorporadora Evergrande, a primeira a ruir e levar uma parte do setor imobiliário chinês abaixo, num efeito-dominó. As ações da companhia chegaram a tombar 20% antes de as negociações serem interrompidas. Ainda assim, o índice Hang Seng terminou o dia no positivo. Já na China, as ações voltaram a cair. 

A crise da incorporadora começou ainda em 2020, quando o governo chinês começou a reduzir a quantidade de dinheiro em circulação – e afetou o refinanciamento da dívida da companhia. O primeiro calote ocorreu no fim de 2021. Agora, com a liquidação, os ativos da Evergrande serão vendidos para pagar credores.

Para muito além da crise imobiliária, o governo chinês anunciou semana passada um programa pesado de intervenção nos mercados financeiros, num esforço para deter o colapso das ações. Em 12 meses, o índice Hang Seng cai quase 30%; o CSI 300, 20%.

Há ainda uma segunda crise no radar dos investidores. Durante o final de semana, militares americanos foram atingidos na Jordânia, mais um passo em direção a um conflito disseminado no Oriente Médio. Há semanas, rebeldes do Iêmen atacam navios que tentam passar pelo Canal de Suez – e têm sido algo de contra-ofensiva dos Estados Unidos. Agora, os americanos afirmam que milícias apoiadas pelo Irã estão por trás dos ataques.

A incerteza geopolítica ajuda a sustentar o minério de ferro. Por outro lado, o petróleo volta a cair. Ainda assim, Vale e Petrobras amanhecem no positivo no pré-mercado em Nova York – e o EWZ, o ETF da bolsa brasileira nos EUA, vai na mesma toada.

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Isso enquanto os futuros americanos e as bolsas europeias não chegam a um consenso sobre a direção do dia. Em Wall Street, S&P 500 está perto do zero a zero (mas negativo), Dow Jones cai e Nasdaq sobe.

E até faz sentido. Não fosse a metade oriental do globo, a segunda seria uma pasmaceira sem fim – dada a falta de uma agenda de indicadores capaz de movimentar mercados. Ainda bem, diriam os coletinhos da Faria Lima.

É que o dia mais tranquilo compensa o overbooking da agenda ao longo da semana. Tem Super Quarta com Fed e BC, tem payroll na sexta e uma tonelada de balanços de empresas. Entre os mais notáveis estão Microsoft, na terça, e Apple, na quinta.

Aproveite o dia mais calmo para começar a semana. E bons negócios.

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humorômetro: o dia começou sem tendência definida
(Arte/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,01%

Futuros Nasdaq: 0,18%

Futuros Dow Jones: -0,11%

*às 7h29

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Agenda

10h30: Tesouro divulga contas do Governo Central de dezembro e de 2023

Europa

                                        • Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,11%
                                        • Londres (FTSE 100): 0,12%
                                        • Frankfurt (Dax): -0,48%
                                        • Paris (CAC): 0,02%

                                        *às 7h28

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                                        Fechamento na Ásia

                                            • Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,90%
                                            • Hong Kong (Hang Seng): 0,78%
                                            • Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,77%

                                            Commodities

                                                                                                  • Brent*: -0,22%, a US$ 83,37
                                                                                                  • Minério de ferro: 1,06%, a US$ 139,03 na bolsa de Dalian

                                                                                                  *às 7h26

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