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Oi (OIBR3) sai da recuperação judicial – o que esperar da ação?

Futuro da companhia ainda é nebuloso. Veja por que analistas continuam cautelosos com a empresa.

Por Tássia Kastner
Atualizado em 16 dez 2022, 12h11 - Publicado em 15 dez 2022, 13h28
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  • A Justiça do Rio de Janeiro encerrou o processo de recuperação judicial da Oi, marcando seis anos de resgate da companhia e a renegociação de R$ 65 bilhões em dívidas. Foi a maior recuperação da história do Brasil.

    As ações da companhia saltavam 50% após o anúncio. O problema é que essa variação percentual não diz muito. A OIBR3 valia R$ 0,17 no fechamento da quarta. Agora, é negociada a R$ 0,26. A Oi é uma penny stock desde fevereiro do ano passado, o que torna as variações percentuais muito mais bruscas. Um grupamento de ações, para evitar as distorções de mercado, está previsto para janeiro.

    O final feliz na Justiça não encerra por completo a crise da companhia, que ainda tem um longo processo de estabilidade. A Oi ainda dorme em uma dívida de R$ 22 bilhões e tem tido dificuldades de gerar caixa para quitá-las. Parte do plano, daqui para frente, é renegociar os débitos ainda pendentes, conforme a companhia explicou em fato relevante.

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    O foco da Oi na sua nova fase é investir pesado em uma rede de fibra óptica “neutra”, que pode ser contratada por provedores de internet. Só que a receita com essa unidade de negócio ainda não cresce na velocidade necessária para compensar as perdas ligadas ao declínio da telefonia fixa ancorada na rede de cobre.

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    A receita da Oi somou R$ 2,77 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 38% na comparação anual, justamente por causa do tombo nas operações de cobre já descontinuadas. Ainda que R$ 1 bilhão de faturamento venha da operação fibra, o crescimento ainda não compensa os tombos em outras unidades. No terceiro trimestre, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 3 bilhões. 

    Outros problemas seguem na pauta da Oi. A venda da operação móvel para as concorrentes Vivo, Claro e TIM está em disputa, após as teles avaliarem que pagaram caro pela operação. Segue também a disputa de indenizações com a Anatel, que teria forçado as teles a empilharem prejuízos mantendo operações de telefonia fixa há muito deficitárias. A VC S/A explicou o cenário para a empresa aqui.

    A companhia esperava há quase um ano o fim da RJ, na expectativa de que a chancela da Justiça ajudaria a içar o papel do patamar de penny stock. Um dos motivos é que parte dos fundos de investimento não podem investir em empresas em RJ.

    A avaliação dos analistas de mercado é que o fim da RJ não muda de forma substancial as perspectivas para o papel. A Genial tem recomendação de manter a ação, com “tom pessimista”. A Guide Investimentos avaliou a notícia como “neutra”.

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