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Ômicron menos letal libera pista para aéreas e puxa alta de 1,70% do Ibovespa

Petróleo avança mais de 4%, mas Petrobras fica para trás. É que Bolsonaro "previu" redução nos preços dos combustíveis e agora CVM investiga vazamento de informações.

Por Tássia Kastner
6 dez 2021, 18h51
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  • O Ibovespa hoje ouviu as instruções dos comissários, apertou os cintos e se preparou para uma decolagem exemplar: subiu 1,70% e fechou a segunda-feira a 106.859 pontos. Com a alta de hoje, a bolsa engatou o terceiro pregão seguido de valorização, o que ajudou o índice a se afastar da assombração dos 100 mil pontos.  

    A alta foi puxada pelas primeiras avaliações um pouco mais firmes sobre os riscos da variante Ômicron. E elas dizem que a nova forma do coronavírus deve ser mesmo mais contagiosa, porém menos letal que suas antecessoras. A notícia é excelente para o turismo já que isso diminui o ímpeto de países para fechar fronteiras e mantém as pessoas um pouco mais confiantes para planejar uma viagem.

    Nisso, as empresas da bolsa ligadas ao setor lideraram os ganhos. A maior alta foi a da Gol, com valorização de 11,34%, seguida pela Azul (+10,57%). A Embraer ganhou 5,64%, enquanto a CVC subiu 5,87%. À exceção da Embraer, todas acumulam perdas no ano, uma demonstração de que investidores até ficaram aliviados com a notícia menos pior da Ômicron, mas ainda veem um longo caminho pela frente para a volta dos lucros que fazem brilhar o olho do acionista.

    É que, fora essa boa notícia da Ômicron, o cenário continua turbulento. Investidores hoje escolheram ignorar a alta de mais de 4% nos preços do petróleo, o que encarece o custo do querosene de aviação e aperta as margens do setor. No caso das companhias brasileiras, há ainda o problema do dólar, que ignorou o que seria um dia de menor risco e subiu mesmo assim. Fechou a R$ 5,6903.

    Petro para trás

    Das 92 ações do Ibovespa, 70 subiram. Entre elas está a Petrobras. Seria de se esperar uma alta robusta em um dia de valorização do petróleo. No fim, foi um ganho bem modesto: +0,45%.

    É que no final de semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que a estatal estava preparando uma redução nos preços dos combustíveis depois que o petróleo deu uma arrefecida no mercado internacional. O problema é que Bolsonaro não deveria saber disso.

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    A Petrobras negou, em comunicado ao mercado, que houvesse uma decisão tomada. O problema é que a última vez que Bolsonaro disse algo do tipo, dias depois a petroleira fez o que o presidente havia anunciado. A Comissão de Valores Mobiliários, o xerife do mercado, decidiu investigar se há vazamento de informações, podando as asas da estatal nesta segunda.

    Nada capaz de estragar o voo da bolsa, que ganhou um combustível extra de Nova York. Por lá, as altas desta segunda foram suficientes para zerar as perdas da volatilidade da semana passada (aqui a gente tinha fechado no azul).

    Maiores altas

    Gol (GOLL4) 11,34%

    Azul (AZUL4) 10,57%

    Braskem (BRKM5) 9,75%

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    Americanas S.A. (AMER3) 7,26%

    Lojas Americanas (LAME4) 6,24%

    Maiores baixas

    Méliuz (CASH3) -11,70%

    Rede D’Or (RDOR3) -3,22%

    Rumo (RAIL3) -2,76%

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    Cosan (CSAN3) -2,15%

    Hapvida (HAPV3) -1,75%

    Ibovespa: 1,70%, a 106.859 pontos

    Nova York

    Dow Jones: 1,87%, a 35.228 pontos

    S&P 500: 1,18%, a 4.592 pontos

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    Nasdaq: 0,93%, a 15.225 pontos

    Dólar: 0,18%, a R$ 5,6903

    Petróleo

    Brent: 4,58%, a US$ 73,08

    WTI: 4,87%, a US$ 69,49

    Minério de ferro: 0,46%, a US$ 102,83 a tonelada no porto de Qingdao, na China

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