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Otimismo segue em Wall Street, mas política pode travar Ibovespa (de novo)

China remove mais restrições anti-Covid, o que também pode ajudar bolsa brasileira – isso, é claro, se o mau humor da Faria Lima já tiver passado.

Por Bruno Carbinatto, Camila Barros
Atualizado em 11 nov 2022, 08h20 - Publicado em 11 nov 2022, 08h18
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  • Bom dia!

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    O mercado fará as pazes com Lula? Ou a amargura fiscal seguirá, cimentando de vez o início de uma trajetória de inimizade entre o petista e a Faria Lima?

    O pregão desta sexta-feira deve trazer respostas. Ontem, caos total: Ibovespa caiu mais de 3% mesmo num dia excepcionalmente positivo para as bolsas globais, tudo por conta das declarações e ações do presidente eleito.

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    Um indicativo para hoje: o ETF iShares MSCI Brazil (ticker EWZ), o principal ETF do índice brasileiro negociado em Nova York, sobe quase 2% no pre-market desta sexta-feira, sendo que, no pregão de quinta, ele registrou queda de 6,5%. Pode significar um dia de tentativa de recuperação depois da sangria.

    O cenário internacional ajuda, e ajuda muito. A onda de otimismo em Wall Street de ontem veio forte e segue em alta: futuros americanos amanheceram no azul. Tudo por conta da inflação, que pela primeira vez deu sinais claros e inesperados de recuo. Na Ásia, as bolsas fecharam em forte alta seguindo o humor americano – Hang Seng, o principal índice da bolsa de Hong Kong, chegou a saltar quase 8%.

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    Também da China vem notícia positiva: o país está, novamente, caminhando para aliviar as pesadas medidas de restrição que ainda mantém por causa da Covid-19, como por exemplo diminuição do tempo de quarentena para estrangeiros que entram no país. Ainda são detalhes, mas vem para reforçar a esperança crescente de que o país vai abandonar de vez a política do “Covid zero”, reabrindo com força a economia. Isso, por sua vez, dá um gás nos preços das commodities, em especial petróleo e minério de ferro, e nas ações brasileiras ligadas a esses setores.

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    Se o Ibovespa vai acompanhar a onda de bom humor ainda é um mistério. Mesmo que Lula fique quieto – sua última declaração foi quase uma provocação ao mercado, chamado de “sensível” pelo petista –, a política segue no radar, já que o texto da PEC da Transição ainda não foi definido. Segue indefinido como o novo governo vai financiar o Bolsa Família e outras promessas de campanha, o nome para a pasta da Fazenda e qual será, objetivamente, a postura econômica do novo governo. 

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    Nem só de política vive o Ibovespa, é claro. Ontem à noite também saiu uma leva relevante de balanços trimestrais, que devem refletir no pregão de hoje  – Americanas, Magalu, Via, B3, JBS… O destaque fica para o Itaú: alta de 19,17% no lucro, e a ADR do banco saltou mais de 8% no after hours de NY com o balanço.

    Bons negócios.

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    Futuros S&P 500: 0,41%

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    Futuros Dow: 0,40%

    *às 8h06

    Europa

    Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,68%

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    Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,29%

    Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,48%

    Bolsa de Paris (CAC): 0,55%

    *às 8h07

    Fechamento na Ásia

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    Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 2,79%

    Bolsa de Tóquio (Nikkei): 2,98%

    Hong Kong (Hang Seng): 7,74%

    Commodities

    Brent: 3,07%, a US$ 96,55 o barril

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    Minério de ferro: 5,04%, a US$ 99,44 na bolsa de Dalian (China)

    market facts

    Itaúsa vende mais ações da XP

    Se aproveitando de um bom dia da XP na Nasdaq, a Itaúsa (holding que controla Itaú Unibanco) vendeu R$ 1,5 bilhão em ações da corretora de investimentos na quarta-feira. Na ocasião, as ações da companhia tinham subido 7,35% depois da divulgação de bons resultados para o terceiro trimestre. Ao todo foram vendidas 15,5 milhões de ações (o equivalente a 2,79% do capital da empresa), das quais 5,5 milhões foram compradas pela própria XP.

    Esta é a quinta vez no ano que a Itaúsa vende ações da XP, num movimento que chamou de desinvestimento estratégico. Ao todo, a holding já se livrou de 41 milhões de papéis. Agora, ela tem em mãos 35,47 milhões de ações, o correspondente a 6,39% do capital da corretora. 

    Vale a pena ler:

    MBTI: mitos e verdades 

    O “teste das 16 personalidades” se tornou um ícone pop, e é só a ponta mais visível de uma indústria de US$ 500 milhões. Suas bases teóricas, porém, são frágeis, e ele acaba usado de maneira antiética por RHs. Nesta reportagem da Você S/A, entenda a real sobre o teste de personalidade mais usado no mundo. 

    Mundo precisa se adaptar à mudança climática

    O Acordo de Paris estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2100. É esse o número que, religiosamente, norteia as discussões nas conferências climáticas até hoje. Mas tem pesquisadores começando a achar que isso aí já era. Se quiséssemos mesmo permanecer dentro da meta, eles dizem, as reduções bruscas de carbono deveriam ter começado lá atrás. Para eles, resta agora preparar o mundo para se adaptar à mudança climática – e, para isso, os países pobres vão precisar de ajuda. A The Economist conta a história de Abu Ayman, fazendeiro iraquiano que já teve sua vida afetada pelo aumento da temperatura. 

    Agenda

    10h – Conselho político da transição de governo se reúne em Brasília, mas Lula não participará

    10h – CNI divulga Índice de Confiança do Empresário Industrial de novembro

    -

    Antes da abertura – Embraer

    Depois do fechamento – Cemig, Cosan e Itaúsa

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