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Resultados do Goldman Sachs e Bank of America são destaque em NY

Números dos dois bancos superaram expectativas. Mas mercado amanhece em cautela antes de visita de Joe Biden a Israel.

Por Camila Barros e Sofia Kercher
Atualizado em 17 out 2023, 08h53 - Publicado em 17 out 2023, 08h33
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  • Bom dia!

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    O dia começa com a divulgação de resultados de mais dois bancões: Goldman Sachs e Bank of America. 

    O BofA registrou uma receita líquida de US$ 25,32 bilhões, mais do que a expectativa de US$ 25,14 bi. O lucro por ação foi de US$ 0,90 – também acima da projeção de US$ 0,82. No pré-mercado, as ações da companhia sobem quase 1%. 

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    Já o Goldman veio com US$ 11,82 bilhões de receita e US$ 5,47 no lucro por ação. Ambos acima das projeções, que apontavam para US$ 11,19 bi e US$ 5,31 bi. 

    Na última sexta, JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo inauguraram a temporada de balanços do terceiro trimestre. Eles também superaram as expectativas. 

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    O motor dos ganhos foi o aumento da rentabilidade dos empréstimos, dadas as taxas de juros mais altas no país. Ao longo do trimestre, a taxa base do Fed subiu outros 0,25pp, para os atuais 5,50%. Ao mesmo tempo, a economia americana tem se mostrado resiliente e a demanda dos consumidores por crédito, ainda alta. 

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    Ótimo para o caixa dos bancões – que, mais cedo este ano, temiam que a escalada dos juros pudesse desencadear em uma recessão. Tanto o Wells Fargo quanto o JPMorgan disseram esperar que a receita de juros cresça mais do que o esperado em 2023. 

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    Só que os presidentes das instituições alertam que os tempos áureos podem acabar em breve. Para 2024, o clima é de pessimismo. 

    É que, segundo eles, as reservas dos consumidores americanos construídas durante a pandemia (quando a taxa de juros era praticamente zero e a economia lotada de estímulos) têm diminuído. Aí cresce o risco de inadimplência – que já têm aumentado.

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    E o cenário externo não ajuda. O desenrolar das guerras de Israel x Hamas e Rússia x Ucrânia jogam mais fatores de incerteza no horizonte. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, disse: “este pode ser o momento mais perigoso que o mundo já viu em décadas”. 

    Esforços diplomáticos 

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    No final da noite de ontem, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, confirmou que Joe Biden irá a Israel para tentar mediar o conflito. O foco é evitar que a guerra se expanda e envolva mais países na região, como Irã e Síria. O presidente americano viaja amanhã. 

    Blinken já está em Israel, em conversas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Putin também mexeu pauzinhos diplomáticos, com ligações para líderes e autoridades do Egito, Síria, Irã e Palestina. Segundo o Kremlin, o objetivo é evitar a continuação do desastre humanitário em Gaza. 

    O mercado vem monitorando os desdobramentos do conflito de perto. Por ora, parece acreditar em um desfecho diplomático – o que livraria o petróleo dos impactos de uma guerra na região. Mas a postura ainda é de cautela. Os futuros de NY caem no pré-mercado, enquanto os títulos públicos americanos sobem. 

    Bons negócios.

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    Ferrari passa a aceitar cripto como pagamento

    A montadora italiana vai aceitar bitcoin, ether e USDC (uma stablecoin) como forma de pagamento nos EUA. E pretende fazer o mesmo na Europa até o fim do ano. 

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