Bom dia!
Wall Street começa esta quinta-feira sem se abalar pelos resultados decepcionantes da Tesla. A companhia faturou US$ 25,2 bilhões no quarto trimestre do ano passado, abaixo dos US$ 25,9 bi esperados por analistas. O lucro foi de US$ 2,5 bilhões, queda de 39% em comparação com igual período de 2022.
A pancada, de alguma maneira, já era esperada. A Tesla passou o último ano cortando o preço de seus veículos para manter as vendas em um cenário de maior competição no mercado de carros elétricos. A chinesa BYD virou 2024 à frente da Tesla como maior vendedora de carros elétricos do mundo.
Na teleconferência com analistas, Elon Musk até tentou acalmar os investidores. Acontece que, mesmo sem oferecer guidance, a companhia apontou que as taxas de crescimento de 50% ao ano nas vendas, que acontecem em um mercado novo e com menos competição, agora pertencem ao passado.
Não à toa, as ações da companhia recuam quase 8% no pré-mercado. Seria um prato cheio para deter as altas das bolsas em Nova York. Isso porque investidores viraram a chave de “o juro vai cair” para “não precisa cair porque a economia e as empresas vão bem, obrigado”.
O que a Tesla mostrou, no fim, é que não vai tão bem assim. O dia, de qualquer maneira, tem outros assuntos além da montadora de Musk na pauta.
Às 10h30 da manhã, os EUA divulgam a primeira leitura do PIB do 4TRI – aí sim dando uma geral no estado da economia americana em meio aos juros altos. Na Europa, as atenções estão voltadas para a fala da presidente do BCE, Christine Lagarde, após a decisão de juros por lá.
Já no Brasil, a agenda está mais tranquila. É feriado em São Paulo, o que deve diminuir o ritmo de negociação – ainda que a bolsa abra, parte da nova política de ignorar feriados municipais no mercado. A grande emoção do dia pode vir de novos desdobramentos sobre o comando da Vale nesse dia trágico em que se completam cinco anos desde o rompimento da barragem de Brumadinho.
Segundo diversos jornais, o governo segue pressionando acionistas a aceitar o ex-ministro Guido Mantega na presidência da companhia. Nesta manhã, os ADRs de Vale operam perto da estabilidade em Nova York, isso após alta de mais de 1% na véspera.
A ver como o mercado se comporta. Bons negócios.
Futuros S&P 500: 0,05%
Futuros Nasdaq: -0,03%
Futuros Dow Jones: 0,26%
*às 7h51
EUA: Balanços de American Airlines, antes da abertura, e de Intel, Visa e Western Alliance, após o fechamento do mercado
10h15: BCE divulga decisão de política monetária; Lagarde concede entrevista às 10h45
10h30: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 20/01 nos EUA
10h30: EUA publicam 1ª leitura do PIB e do PCE do 4TRI
15h35: EUA/Secretária do Tesouro, Janet Yellen, faz discurso
19h: Lula e Haddad na solenidade dos 90 anos da USP
- Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,26%
- Londres (FTSE 100): -0,15%
- Frankfurt (Dax): -0,41%
- Paris (CAC): -0,32%
*às 7h50
- Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 2,01%
- Hong Kong (Hang Seng): 1,96%
- Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,03%
- Brent*: 1,31%, a US$ 81,09
- Minério de ferro: 1,60%, a US$ 139,16 por tonelada na bolsa de Dalian, na China
*às 7h49
Conheça a história da maior bolha financeira do Brasil
Ela estourou em 1971, após anos de euforia sobre o crescimento do mercado acionário no país. Neste trecho de “Crises Financeiras”, disponibilizado na VCSA, o 1º presidente da história da CVM conta bastidores do período.