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Sofia Esteves

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Fundadora e presidente do conselho do Grupo Cia. de Talentos, professora e pesquisadora de gestão de pessoas
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O terrível hábito de deixar tudo para a última hora

A procrastinação tende a aumentar na reta final do ano. Veja como encarar as pendências de frente de forma efetiva.

Por Sofia Esteves
22 dez 2023, 15h47
 (Unsplash/VOCÊ S/A)
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Qual é o tamanho da sua lista de pendências de dezembro? Quantas reuniões, apresentações e entregas você tem nos próximos dias?

Muito provavelmente essas duas perguntas acionaram aquele botão de pânico. Bateu uma ansiedade e, quem sabe, até uma vontade de largar este artigo. Mas eu gostaria de pedir calma porque, na verdade, a minha intenção é ajudar a lidar com esse sentimento e, melhor ainda, evitá-lo em 2024. 

Para isso, precisamos entender de onde vem o terrível hábito de deixar tudo para a última hora. Ou, usando um termo mais técnico, a origem da procrastinação.

É verdade que dezembro é um mês mais curto e que, naturalmente, travamos uma luta contra o relógio. Os afazeres são muitos e o tempo é pouco.

No entanto, é importante considerar que a sensação de ansiedade que aparece nessa época do ano pode ser o resultado do acúmulo de pendências ao longo dos meses. 

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Dezembro passa voando? Sim! Mas será que a sobrecarga surgiu neste último mês ou será que acumulamos tarefas incompletas e projetos pela metade durante o ano inteiro?

Como encarar o problema de frente

Apesar de nos fazer mal, a procrastinação é mais comum do que imaginamos. Segundo um estudo de 2007, 20% da população é formada por procrastinadores crônicos. 

Mais recentemente, um levantamento do Google Trends mostrou que o termo esteve em alta em 2023. Só no Brasil, as pesquisas sobre ele subiram 90% nos últimos cinco anos. Ou seja, não é uma questão rara nem particular, mas que atinge um grupo grande de pessoas.

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Isso porque o tal “deixar para depois” está relacionado a uma sensação imediata de prazer. Não deixamos determinado trabalho para mais tarde por pura preguiça ou falta de capacidade, mas, sim, porque privilegiamos a sensação boa imediata. E só imediata mesmo porque, depois, o sentimento é de pânico, ansiedade, cansaço e por aí vai.

Para evitar esse combo de sensações negativas, terminar o ano bem e encarar as tarefas de 2024 de frente, separei algumas dicas:

  • Reconheça o comportamento procrastinador: fingir que você não procrastina só vai prolongar a situação. Em vez disso, entenda que esse comportamento é comum e busque entender o que gera essa postura;
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  • Identifique as origens da procrastinação: quando você perceber que está enrolando para fazer algo, pare e analise. Qual atividade está sendo postergada? Por quê? É uma dificuldade para realizar a função? É falta de conhecimento? É insegurança? 
  • Intercale pausas de lazer com as atividades de  trabalho: você pode usar a técnica Pomodoro, que divide a jornada de trabalho em períodos de 25 minutos, separados por breves intervalos. Assim, é possível ter os momentos de prazer e de distração, porém de forma controlada. 
  • Peça ajuda: muitas vezes, a procrastinação surge diante de um desafio. Quando algo é novo ou parece muito difícil, tarefas mais simples são priorizadas e aquelas outras vão ficando para trás, sendo acumuladas… Para evitar isso, aprenda a compartilhar sua dificuldade diante de uma missão e peça ajuda para sua liderança, colegas e especialistas ao redor. 
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Seguindo tais dicas, aposto que irá conseguir encarar com mais organização e leveza o restante desse ano, além de entrar com uma postura mais resolutiva em 2024. As recomendações acima, claro, não resolvem todos os problemas em torno do tema da procrastinação, mas são os primeiros passos para que, lá na frente, ninguém precise lidar com o terrível hábito de deixar tudo para a última hora. 

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